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sexta-feira, 30 de abril de 2010

O rio

Não era ainda mar, nem tão pouco lago … era apenas um simples e calmo rio, que passava despercebido aos olhares cegos que por ali andavam, mas não ao meu…
Assim que o vi por entre um novelo de casas e árvores, percebi que era diferente: não era apenas um vulgar rio que todos conheciam, mas sim um pequeno riacho que só os mais atentos conseguiam descobrir.
Quanto mais me aproximava, mais me apaixonava por aquele lugar, onde a água era mais que transparente e tinha um leve e agradável cheiro que hoje recordo.
Naquele pequeno paraíso translúcido, podia ver pequenos peixes passarem-me por entre os pés e as muitas algas e plantas que ali havia.
Olhei em frente e apercebi-me de que outro alguém já ali tinha estado e deixara para trás um velho barco à vela que, essa sim, ainda se mantinha erguida e inabalável.
Um pouco depois do barco, havia também uma pequena ponte, também ela de madeira, que dava acesso ao outro lado do rio, para onde aquela paz e aquele deserto se prolongavam e apenas havia árvores, pedras e alguns pássaros assustados com a invasão de um estranho que era apenas eu.
O local exacto, esse, não o revelo, pois quero preservar aquela paz e sossego que só lá é que eu encontro; mas se alguém realmente quiser descobrir este lugar, também digo que não será difícil pois, por incrível que pareça, ele está mesmo à nossa frente e bem perto de nós… mas só os que observam é que o conseguem encontrar, os que apenas olham nunca o verão…
Ana, nº1, 9ºB

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