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sexta-feira, 2 de abril de 2010

A emigração

Sou filho e neto de emigrantes. A emigração está muito presente na minha família. A minha mãe vive em Portugal, mas ainda lê livros franceses e vê televisão francesa todos os dias.
Por essa razão, achei interessante reflectir sobre o que leva os emigrantes a saírem de suas casas e a enfrentarem um mundo totalmente estranho.
Pelas pessoas da minha família, e pelo que ouço dizer, conhecer novas terras e novas pessoas tem consequências boas e más.
O meu avô, como muitas pessoas, emigrou por razões políticas e económicas.
Por razões políticas, porque não estava de acordo com a política da ditadura de Salazar, especialmente com a guerra no ultramar e não queria que o meu tio fosse lutar para lá. Por razões económicas, porque trabalhava muito e ganhava pouco.
É assim com quase todos os emigrantes. Emigram, porque vivem mal e, algumas vezes, por não estarem de acordo com as políticas dos seus países.
Também existem razões religiosas, que têm a ver com a discriminação de que são alvo pela sua religião.
Emigrar traz consequências boas. Ganhar mais dinheiro, viver melhor, conhecer novas culturas, aprender outras línguas e outros costumes, etc... Mas também há consequências más, as saudades que os emigrantes sentem do seu país, da família, que muitas vezes deixam e a discriminação pela pobreza, raça, origem ou religião, que sentem no país para onde vão. Por exemplo, os muçulmanos nos EUA. Muitas pessoas pensam que eles são terroristas, só porque são muçulmanos.
Como vimos, a emigração tem lados positivos e negativos. Melhora a vida de muita gente, abre-lhes novos horizontes, mas é feita à custa de muitos sacrifícios.
Os países, que essas pessoas deixam, perdem força humana e ficam mais pobres, apesar dessas pessoas mandarem algum dinheiro, o que ajuda a equilibrar as suas finanças.
A minha família acha que a sua experiência de emigração foi muito positiva. A minha mãe diz mesmo que os portugueses têm o tema para uma nova epopeia que os devia orgulhar. É pena que não se apercebam disso.

Vasco, 9ºC

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