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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Feira do Livro


O Ciclista, na sua qualidade de promotor de eventos culturais, não gostaria de deixar passar esta extraordinária iniciativa que, pela terceira vez, a já prestigiada Biblioteca Municipal de Anadia promove: a Feira do Livro.
Para que todos ficássemos a conhecer melhor os meandros deste singular, extraordinário e sempre bem-vindo evento, O Ciclista contactou a Dra. Sónia Almeida, Bibliotecária responsável pela BMA, que nos informou que “A III Feira Municipal do Livro decorrerá no Átrio da BMA, de 3 a 31 de Dezembro. Esta iniciativa, à semelhança das edições anteriores, contará com a presença das mais prestigiadas editoras nacionais. Todos os livros terão descontos sobre o P.V.P que variam entre os 10 e os 20%. Durante o decorrer da Feira, vamos ter, ainda, apresentações de livros e um lançamento, no dia 15, de um autor local.”
Agradecemos, em nome d´O Ciclista a colaboração da Dra. Sónia e desejamos-lhe sucesso para mais este evento.
As nossas escolas, bem como todos aqueles que se quiserem associar a esta iniciativa, podem, mais uma vez e pelo terceiro ano consecutivo, visitar a Biblioteca Municipal de Anadia e adquirir os livros a preços mais convidativos.
Lançado que foi o convite a todos os nossos leitores, só nos resta desejar umas boas leituras!

Graça Matos, O Ciclista

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Certificado de Livros de Leitura Recreativa


Hoje apresentamos a aluna que alcançou o terceiro lugar no número de requisições domiciliárias de Livros de Leitura Recreativa.
A Equipa d´O Ciclista felicita a aluna Bárbara Martins Carvalho, do 6º G, e deseja-lhe a continuação de boas leituras!




Graça Matos

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Certificado de Livros de Leitura Recreativa


A Biblioteca Escolar da Escola Básica nº 2 de Anadia, no período compreendido entre a última quinzena de setembro e o mês de outubro de 2012, procedeu ao levantamento das turmas que efetuaram maior número de requisições domiciliárias de Livros de Leitura Recreativa. Assim, os alunos das turmas do 6º Ano da turma G, e do 5º Ano das turmas F e B alcançaram respetivamente os 1º, 2º e 3º lugares. Face a este extraordinário feito, a Equipa da Biblioteca decidiu atribuir-lhes o Certificado que a seguir apresentamos.
Ao longo dos próximos dias iremos, ainda, apresentar os vencedores individuais, ou seja, os três alunos que se destacaram e a quem foram atribuídos os certificados de:
1º lugar – João Miguel Almeida Matos, do 5º F;         
2º lugar – Leonardo Costa Martins, do 5º F;
3º lugar – Bárbara Martins Carvalho, do 6º G.
Da parte da Equipa d´O Ciclista os nossos parabéns a toda a turma, muito particularmente a estes três alunos que mais contribuíram para que esta meta fosse alcançada.




Graça Matos

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Dia Internacional para a Eliminação da Violência Doméstica contra as Mulheres



A GNR, Núcleo de Anadia, promoveu ontem, dia 26 de novembro e no âmbito  do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Doméstica contra as Mulheres, uma ação de sensibilização para os alunos de três turmas do 9º ano e à qual também assistiu o 12º I do Curso Profissional. Esta ação, conforme a Equipa d´O Ciclista constatou no sítio da GNR foi desenvolvida em todo o território nacional. Mas, vamos ler essa mesma notícia:

No âmbito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Doméstica contra as Mulheres, a GNR assinalou este dia realizando, no dia 26, um conjunto de ações de sensibilização aos alunos do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico. 
A iniciativa, em parceria com os estabelecimentos de ensino, estende-se a todo o território nacional, tendo como objetivo sensibilizar as crianças, que muitas vezes assistem aos atos de violência, para esta problemática. A data, oficialmente comemorada no dia 25 de novembro, foi estabelecida pela ONU em 1999, com o objetivo de consciencializar a opinião pública para um dos mais graves problemas familiares, muitas vezes dissimulado e, nessa sequência, combatê-lo. Segundo o relatório da Direção Geral da Administração Interna, a maioria das ocorrências de violência doméstica, participadas às forças de segurança, sucederam à noite e de madrugada, e um terço ao fim de semana, tendo 42 % do total sido presenciadas por menores. A GNR tem um efetivo de 368 militares dedicados a esta problemática, distribuídos por 23 Núcleos de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas (NIAVE) e 259 equipas de investigação e inquérito que registaram 11 485 participações de violência doméstica no ano de 2011.

Data de Inserção: 23/Nov/2012

Fonte: DCRP


Adaptado do sítio da GNR: 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Mensagem de Natal


A Equipa da Biblioteca Escolar da Escola Básica nº 2 de Anadia lança, a partir de hoje e até ao dia 14 de dezembro, o Concurso "Mensagem de Natal". Este concurso é destinado não apenas aos alunos, mas também aos professores e aos Assistentes Operacionais. A seguir apresentamos os cartazes com toda a informação. Não deixe de os consultar e de concorrer.






Graça Matos, O Ciclista

domingo, 25 de novembro de 2012

Dia Internacional para a Eliminação da violência sobre a mulher


Há uns dias estava a ler uma revista de mulheres e vi um título a negrito grande e gordo que dizia: “Diz não à violência contra as mulheres”. Não me apeteceu ler o artigo, mas comecei a pensar cá comigo própria:
Este artigo desta revista refere-se ao que vivi há uns dias…
Estava um dia chuvoso. Portanto, saíra de casa um pouco mais cedo. Com o saco dos livros ao ombro e o meu chapéu-de-chuva na outra mão, caminhava distraidamente pelo passeio que me levava até à escola. Ia a pé porque da minha casa à escola era um saltinho, eu vivia mesmo perto dela.
Ao passar por uma casa enfadonha e antiga, apercebi-me que a janela estava aberta e vi um casal aos berros. O marido dizia à senhora que não queria que ela andasse na rua porque tinha medo que ela o traísse com outros homens.
Claro que não era nada comigo e eu continuei o meu caminho, apesar de não gostar nada do que estava a ouvir. Foi então quando, ia eu já mais à frente, ouvi um grito agudo e histérico da senhora. Ainda pensei em voltar atrás. Mas, o que poderia eu, uma jovem adolescente fazer. Pensei melhor e decidi esconder-me por entre o denso arvoredo e observar a cena pela tal janela aberta. E foi ai que vi algo que me deixou petrificada e veemente horrorizada. O senhor dava chapadas e pontapés na senhora. Ela bem tentava gritar, mas ninguém a ouvia. Ela bem lhe dizia que parasse. Que ela lhe era fiel. Que a estava a magoar. Mas parecia que quanto mais ela tentava fugir e defender-se mais a violência aumentava. E eu, o que estava eu a fazer? Nada, eu estava cheiinha de medo, quase tanto como a senhora. Quase que sentia na minha pele os murros e pontapés que ele deferia nela…
Comecei a virar-me para me ir embora, foi então que pensei que poderia agir, pois tinha telemóvel e com ele poderia contactar alguém, só que não tinha o número da GNR. Então o que fazer?
Já sei! Acabara de me lembrar que tinha gravado no meu telemóvel um número da linha SOS Mulher, que há algum tempo o Cabo da Escola Segura nos tinha dado durante uma ação. Tirei-o da mochila e liguei. Era o 800 202 148. Quem me atendeu fez-me diversas questões e disse que ia de imediato ligar à GNR da minha área de residência. E assim foi, pois a GNR chegou passado pouco tempo e prendeu o senhor com algemas. Como a senhora ficou sozinha eu fui para junto dela e comecei a tratar dela e incentivei-a a apresentar queixa. Pouco depois chegou o INEM e levou a senhora, porque ela estava muito mal e com muitas dores. Eu fui para as aulas.
O senhor acabou por ser condenado a alguns anos de prisão, pela violência que exercia sobre a mulher.
A senhora ainda esteve internada durante alguns dias e eu pedi aos meus pais para a ir ver. Quando ficou melhor veio para casa. Nessa altura foi mais fácil ir vê-la todos os dias.
Entretanto tornámo-nos amigas.
Hoje ela é uma pessoa alegre e que ajuda mulheres que necessitam de ajuda como ela também já precisou.
Depois de contar isto deixo aqui um apelo:
Espero que não haja violência contra a mulher porque as mulheres também são pessoas humanas.
Violência contra a mulher: NÃO!!!

Márcia Sousa, O Ciclista

sábado, 24 de novembro de 2012

A ilha desabitada


A bordo do navio “ O Beagle” com Charles Darwin, lá ia eu como cozinheira a acompanhá-lo nas suas viagens às ilhas Galápagos.
  A primeira viagem que realizámos foi até à ilha San Cristóbal, cujos habitantes eram simpáticos e as ruas muito organizadas. De seguida, fomos à ilha de Santa Cruz também conhecida por Chávez, que, ao contrário da anterior, tinha muita população e por isso, era desorganizada e poluída. Então, Charles Darwin disse que queria ir embora e pediu-me que lhe preparasse um bom jantar, para esquecer os cozinhados que naquela ilha faziam. Apesar desta desilusão, Charles Darwin escolheu ir a mais duas ilhas: Isabela e Floreana. Estas ilhas tinham as suas diferenças mas nenhum monumento em especial. Como estava a anoitecer e tínhamos de regressar no dia seguinte para Inglaterra, ficámos aposentados numa casa na ilha Isabela, onde aproveitámos para organizarmos algum material que tínhamos trazido para bordo. 
No dia seguinte, acordámos de madrugada para nos prepararmos para o regresso. Já dentro do navio, prontos a embarcar, estava eu na cozinha e ouvi o Senhor Charles Darwin a chamar:
- D. Sofia, chegue aqui, por favor!
- Sim, senhor!
- Está a ver o mesmo que eu? Está ali muito longe uma pequena ilha. Ponha os binóculos para ver melhor.
- Estou a ver! Ainda não fomos lá e como se chamará?
- Também não sei, é curioso que não está no mapa. Por que não irmos ver?
- Claro que sim, senhor, vamos até lá. Entretanto, quer que lhe prepare alguma coisa?
- Sim, pode ser algo leve, por favor.
Uma hora depois, chegámos à ilha. Ela era rochosa, mas a água era tão azul e transparente que se via o fundo. Entretanto, de tanto caminhar, demos por nós no centro da ilha, e então percebemos que era desabitada. A maior parte da superfície terrestre estava constituída de rochas e, por isso, ao andar cansava mais. Decidimos, então, voltar atrás até ao navio e comer algo para repor as energias para depois continuar a descoberta à ilha. Arranjámos um sítio mais perto do centro da ilha para atracar o navio, e de seguida, fomos comer um dos cozinhados favoritos de Charles. Enquanto comíamos, ouvíamos uns barulhos estranhos vindos de longe. Fomos espreitar à varanda do navio e observámos que eram tartarugas gigantes. Charles Darwin foi rapidamente buscar a máquina fotográfica e tirou algumas fotografias engraçadas. As tartarugas estavam à volta do navio e nós apavorados não sabíamos o que fazer.
 - Será que elas nos querem fazer mal? Se calhar é por isso que a ilha é desabitada! – imaginei eu, apavorada.
- Eu acho que não, mas isto está a deixar-me preocupado. – respondeu Charles.
De repente, cheirou-me a queimado, fui ver e era a comida que já estava prestes a ficar queimada.
- É isso, a comida!! As tartarugas estão aqui por causa da comida!! Realmente os teus cozinhados são excelentes e irresistíveis, D. Sofia! – exclamou Charles.
Demorámos algum tempo a descobrir como havíamos de dar comida às tartarugas, mas lá nos desenrascámos.
Foi, de facto, uma grande aventura que vivemos naquela ilha desabitada. No final, tudo acabou bem e regressámos às nossas casas com imensas lembranças e principalmente fotografias das tartarugas gigantes.

Sofia Ferreira, 8º F

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Viagem para a vida

Foi no dia 23 de outubro do ano de 1835 que recebi o convite de Charles Darwin para embarcar rumo às “ Las Encantadas”, ilhas pertencentes ao arquipélago dos Galápagos.
Com a ansiedade da chegada do dia do embarque, mal comia e mal dormia. A vida tinha-me dado o maior presente que qualquer médico naquela altura poderia desejar! Estar em contacto com a fauna e a flora exclusivas daquela região significava a descoberta da cura para muitas doenças nos hospitais do meu país!
Finalmente chegou o dia do embarque. No cais, fomos recebidos por dezenas de pessoas, entre as quais estava a minha mãe que chorava compulsivamente! A campainha do navio soou e a aventura começou! Passadas duas semanas, o navio atracou nas deslumbrantes Ilhas Galápagos. O desejo de ver o meu novo consultório, os meus novos pacientes com novas doenças cada vez começou a ser mais forte, tanto que no dia, logo pela madrugada, já estava sentada no meu simples gabinete a aguardar a primeira consulta. De repente, no silêncio da madrugada, o soar de uma voz trémula fez-me levantar da minha secretária. 
 -Está aí alguém?-perguntei assustada. 
-Sou eu, a Zulmira da mercearia, Sra. doutora!   
-Sim, o que se passa?
-Fui mordida por uma cobra enquanto colhia ervas para o chá do Sr. Charles!-disse Zulmira.
 -Por favor, deite-se, que já lhe vou injetar um antidoto contra o veneno de cobra.
Passadas duas horas, Zulmira estava de pé apta para servir os clientes seguintes.
Entre mordeduras de cobras, envenenamentos por ervas e alimentos, febres e pestes, os meus dias foram passando até que chegou o dia do regresso! A nostalgia invadiu o meu coração, mas tinha que aceitar que a aventura tinha chegado ao fim.      

Catarina, 8º C

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Um animal novo


Em Inglaterra, fui convocado para uma missão para poder acompanhar o jovem cientista Charles Darwin. Esta missão tinha como objetivo dar a volta ao mundo, no navio Beagle.
Então, lá começámos nós a nossa aventura. Saímos de Inglaterra precisamente uma semana depois do dia em que o convite me fora feito.
Algum tempo depois, chegámos às ilhas Galápagos, onde fizemos a nossa primeira pesquisa, deparando com espécies nunca antes vistas.
Saindo das ilhas, continuámos a nossa viagem e parámos numa nova ilha que, pelas nossas expectativas, ainda não tinha sido descoberta, pois apresentava uma floresta densa e intacta. Parámos, assim, o navio e fomos de barco até à praia. Aproveitámos para colher alguns alimentos para podermos continuar a viagem, mas antes de o fazermos, decidimos ir à descoberta da ilha.
Eu, o biólogo do navio e o cientista Charles Darwin, sem receio algum e movidos pela curiosidade, fomos entrando na vegetação e infelizmente conseguimos perder-nos. De repente Charles Darwin, muito assustado, perguntou:
- O que é aquilo?
- Aquilo o quê?-indaguei eu, calmamente.
- Atrás de ti, ah! ah!…- disse, fugindo.
Era pois um animal, muito estranho, nunca antes visto, tinha asas de águia, tronco de leão, patas de girafa e dentes grandes, aliás gigantescos!
Tentei aproximar-me do animal, dizendo:
- Calma, não te faço mal…
Contudo, o animal não se acalmou e fugiu. Quando voltei para a praia, só lá estava a minha mala e uma pistola. Constatei assim que ficara sozinho na nova ilha. Decidi não entrar em pânico e sozinho tentei, então, estudar o animal, assistindo à sua movimentação ao longe. Passado uma semana, já andava a treiná-lo. Foi quando nos tornámos inseparáveis e nesse mesmo instante, percebi que podia sair dali com a ajuda dele.
Assim foi, cheguei a Inglaterra primeiro que o navio. Quanto ao estranho animal, quando chegou a hora de partir, eu disse-lhe para ele ir embora, mas ele não quis e graças a ele, tornei-me num biólogo conhecido e acabei, mais tarde, por fazer parte da equipa de trabalho de Charles Darwin. 

 João Melo, 8º C

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Dia Mundial da Saudação


Olá a todos os Ciclistas.
Esta é uma das muitas maneiras que se pode utilizar para saudar as pessoas.
Neste Dia Mundial da Saudação e na qualidade de “jornalistas d´O Ciclista” foi-nos lançado o desafio de fazermos um texto sobre este tema. Depois de aceite, arregaçamos as mangas e aqui estamos nós a escrevê-lo. O tempo é pouco, pois o trabalho da escola é muito, mas os escassos momentos poderão ser aproveitados para redigir umas quantas palavras. Este dia, pesquisámos nós, serve essencialmente para levar a paz a todos.
Foi com este sentir em mente que redigimos a história que a seguir apresentamos.

Timidez!
Eu era uma criança igual a tantas outras crianças desse mundo. Bem, talvez não fosse bem assim. Era realmente uma criança. Mas não era efetivamente igual. Todos os dias partia de casa, sensivelmente por volta das 8 horas e 30 minutos. O meu caminho para a escola fazia-o em cerca de 20 minutos, mas eu gostava de sair um pouco antes, pois receava qualquer atraso. Nunca ninguém me dirigia a palavra. Eu também não queria. Nunca sabia o que dizer de volta.
Todos os dias eram, portanto, iguais. Ou pelo menos idênticos.
Todos até àquele em que o Jorge apareceu. Ele era um rapaz exatamente igual a todos os outros. A idade devia ser a mesma da nossa, da minha e dos meus colegas da turma. Já agora eu estou no 3º ano do 1º ciclo. Bem, ele, como eu, não era exatamente igual. Ao contrário de mim todos lhe dirigiam a palavra. Quase todos: eu não!
- Bom dia! – ouvi eu naquele chuvoso dia de inverno. Como não esperava que fosse para mim, nem me dignei responder. Pelo que voltei a ouvir: - Então, não respondes? És surda?
Olhei desconfiada para quem atirava aquelas palavras para cima de mim, de um modo ao mesmo tempo brusco e gentil. – Sim!, respondi a medo, - falo e não sou surda.
– Então, tens de te juntar a nós, brincar, divertir-te e sorrir. Tens de partilhar, ser alegre. Tens de ver como a amizade é um bem e que sem amigos a vida é uma chatice!
Eu, ainda incrédula, pois nunca ninguém falara comigo durante tanto tempo, acabei por, pela primeira vez, sorrir e, ao ver a sua mão estendida, estender também a minha e juntar-me à grande roda gigante que todos os meus colegas formaram.
A partir desse dia nunca mais me senti só e aprendi o valor da saudação.

Adriana Matos e Sofia Matos, O Ciclista

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia dos Direitos Internacionais da Criança


20 de novembro de 2012


O Ciclista não poderia deixar de fazer referência ao dia que consagra os direitos da criança. Ainda pensei em escrever um texto alusivo ao tema. Contudo, durante as minhas pesquisas deparei-me com o artigo da “minha colega jornalista” da TVI, Alexandra Borges, que a seguir apresento. Este mostra-nos como em alguns lugares as crianças são mal tratadas, nomeadamente como escravas.
Só posso dizer que elas, como nós, têm direitos e devem ser respeitadas.
Sofia Ferreira, O Ciclista


“No Gana, há crianças de 3 e 4 anos, vendidas pelos próprios pais, por menos de 30 euros a traficantes que as revendem para serem escravizadas na pesca no Lago Volta, (...).
Estas crianças trabalham 14h/dia, sete dias por semana, quer faça chuva ou faça sol e estejam ou não doentes.
(...) desconhecem a sua idade, identidade, muitas acabam afogadas no lago Volta e algumas são assassinadas pelos próprios pescadores que as atiram vivas aos crocodilos. Resgatar uma criança destas não resolve o problema porque, no dia seguinte, os pescadores colocam duas novas crianças no seu lugar...e a infância continua a ser roubada a estas crianças, (...) perante o olhar passivo de muita gente que prefere não ver.
Apesar da escravatura e tráfico infantis estarem criminalizados na legislação do país, a verdade é que não há um único traficante ou pescador na cadeia. O que pode acabar com a escravatura do séc. XXI é a nossa indignação e divulgação deste atentado aos direitos humanos.
(...)”
Alexandra Cristina Guerreiro Palma Borges, jornalista da TVI-Portugal

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Na companhia de Charles Darwin


Num dia em que o biólogo Leonardo estava sentado no sofá a olhar, não a ler, só a olhar o seu jornal, que comprava todos os dias e nos quais tinha esperança de vir a encontrar um emprego, algo de inesperado aconteceu.
Este jovem desempregado há muito que já não exercia as suas funções, devido a um acidente de laboratório, que ocorreu num dia em que Leonardo se precipitara na junção de dois líquidos mal identificados e criou uma enorme explosão, provocando a destruição parcial do seu laboratório e alguns ferimentos nos seus colegas de trabalho, que também se encontravam no local. Esta situação conduziu-o ao seu despedimento imediato.
Então, nesse mesmo dia, quando se preparava para tomar o seu duche matinal, o telefone começou a tocar, e o biólogo bastante surpreendido atendeu:
-Estou! Bom dia!
-Bom dia!- saudou a voz do lado de lá do telefone.
-Desculpe, quem fala? - perguntou Leonardo.
-Daqui fala o Roberto, almirante da marinha, não sei se me conhece?
-Conheço, mas apenas de vista! O que pretende de mim?
-Necessito de falar com o senhor, mas não ao telefone, na medida em que é um assunto demasiado importante. Não se importa de se encontrar comigo no cais das Colunas?
-Com todo o gosto! E a que horas? - perguntou Leo, muito entusiasmado.
-Daqui a meia hora, o que me diz?
-Por mim, tudo bem!
-Então, até daqui a pouco!
-Até já!
Leonardo normalmente nunca saía de casa, só quando se deslocava ao minimercado é que utilizava o seu carro. Um carro que era já muito velho, com a cor desbotada, borrachas de vedação gastas e os estofos danificados. E sempre que Leonardo acelerava mais um pouco do que era habitual, o seu carro produzia bastantes ruídos e fumos fora do comum, motivo pelo qual já tinha ido a muitas oficinas mas, por muito boas que fossem, ainda não tinham sido capazes de resolver aqueles problemas.
Conforme combinado, Leonardo vinte minutos após o telefonema entrou dentro do carro, rodou a chave e dirigiu-se ao cais das Colunas. Quando chegou ao local, já lá se encontrava o Roberto.
Se Leonardo estava curioso, mais ficou ainda quando reparou que Roberto estava acompanhado por outra pessoa.
A conversa durou vários e longos minutos. Leonardo ficou assim informado de que embarcaria daí a dois dias na companhia de Charles Darwin, um homem muito barbudo, um pouco introvertido mas de muito conhecimento na área da biologia. Para Leonardo era um privilégio viajar com Charles Darwin.
A viagem, que se sucedeu num enorme navio da marinha inglesa de nome Beagle, foi fantástica. Da proa à popa tudo estava incrivelmente limpo, a madeira brilhava, os metais reluziam com a incidência do sol e estar no convés no meio do oceano era empolgante.
 A viagem foi única para Leonardo, pelas magníficas ilhas que visitaram, onde encontraram figuras míticas como medusas e sereias muito belas a cantarem docemente. Algo que ninguém tinha visto até ao momento e ninguém acreditava que existia.
Agora já há um testemunho pessoal de que tudo o que contam sobre figuras míticas é verdade. O Leonardo, por sua vez, estava entusiasmadíssimo com tudo aquilo que viu e sentiu!
Quanto à teoria de então de que medusas e sereias apenas existiam na imaginação, graças a esta viagem, acabou por ser completamente ultrapassada.

João Rocha, 8º F

domingo, 18 de novembro de 2012

Dia Nacional do Mar


Publicamos, com dois dias de atraso e no âmbito das comemorações do Dia Nacional do Mar, o texto da nossa repórter Márcia Sousa. Esta repórter tinha ficado encarregue de fazer o texto alusivo ao mar, contudo esteve doente, mas não quis deixar de, mesmo assim, escrever o seu texto. A ela o nosso obrigado e as rápidas melhoras.

A Equipa d´O Ciclista

O sentir do mar!

Ontem, eu decidi ir até à praia para descontrair um bocadinho, pois tinha sido uma semana de muitos testes. Como não estava lá ninguém, a praia estava deserta, ia mesmo dar para descansar.
De repente pareceu-me ouvir um barulho muito estranho. Ao longe pareceu-me ouvir alguém a chorar. Fui-me aproximando do mar, pois era dai que me parecia provir tão estranho som, e foi então que me apercebi que era realmente do mar que o choro chegava. Virei-me para ele e senti uma gotas de água que sobre mim eram atiradas, como se fossem arremessadas com a intenção de me chamar a atenção. Um pouco a brincar disse-lhe: - olá amigo mar então, está tudo bem contigo?
Ao que ele, deixando-me muito surpreendida, me respondeu:
- Não, não estou nada bem. Eu estou triste.
Já mais refeita do susto inicial, disse-lhe:
- Eu sei porque é que tu estás triste.
- Sim eu sei que tu sabes. Sei que sabes que muitas pessoas agora só sabem poluir o meu espaço. Atiram lixo, sacos plásticos, que matam os meus seres vivos, despejam petróleo, detergentes e mais, muito mais.
- Temos que tratar disso, amigo mar. Temos de arranjar um plano para resolver isso.
- Sim, eu sei. Eu até te poderia sugerir um… Que tal se hoje tu e os teus amigos limpassem o meu espaço?
- Claro, essa é uma grande ideia. Vou já falar com todos eles, vou enviar uma mensagem. Vais ver que num instante começamos.
Rapidamente contactei alguns amigos e estes e muitos outros, ... enviaram mensagens e a palavra passou de boca em boca e um grande grupo de gente solidária “deu à costa” e contribuiu para a limpeza da praia e, com a ajuda do barco do meu tio Marcelo e com as redes dele, porque ele é pescador, também conseguimos retirar muito do lixo que havia no mar.
A minha ida à praia, que tinha começado por ser pensada como um dia para descansar, terminou após um inacreditável diálogo com o mar, na elaboração de um plano de limpeza, no estabelecimento de contactos com os colegas e num trabalho de remoção do lixo das praias em equipa. No final, dado termos ficado tão felizes com o que fizéramos, decidimos que eu ia fazer uma reunião com outras pessoas do mundo de modo a ver se conseguíamos estender a nossa ação a outros lugares.
Dessa reunião conseguimos, finalmente obter um compromisso de honra em que iríamos debater-nos contra o lançamento de lixo no mar e a diminuição do uso de petróleo.
Uma das regras que conseguimos que os governantes dos países estabelecessem nos seus estados foi que todo aquele que prevaricasse seria multado, nomeadamente com trabalho comunitário.

Márcia Sousa, O Ciclista

sábado, 17 de novembro de 2012

Dia Mundial e Nacional do Não Fumador


Dia 17 de novembro
O Ciclista não gostaria de deixar passar este Dia do Não Fumador sem deixar uma mensagem a todos os não fumadores e, também a todos quantos diariamente consomem alguns cigarros, por vezes em excesso.
Talvez a história, baseada em factos reais, que a nossa jovem “jornalista” nos conta, possa servir de incentivo para todos aqueles que não têm força de vontade de deixar este vício.

Graça Matos, O Ciclista

Uma questão de querer?!…

Há algum tempo para cá que venho a pensar como é que se sentem as pessoas que fumam! Se respiram bem; se não se sentem cansados dos pulmões… Então resolvi pesquisar e informar-me através de algumas pessoas e eis que encontrei a história perfeita para contar neste dia…

Um senhor, chamemos-lhe António, tinha o vício de fumar pelo menos quatro maços de tabaco por dia, era praticamente um atrás do outro. Ele tinha uma vida complicada e por isso entrava facilmente em stress e, por isso, fumava muito mais.
Passou ainda uns anos a fumar, uns quatro a cinco maços por dia, daí ter os seus pulmões gastos e já não conseguia respirar bem.
António resolveu fazer várias operações para melhorar a sua saúde e deixar de vez o cigarro. A primeira operação não correu como esperava, o seu pulmão já estava muito mal e não havia nada a fazer. Mas tentou ainda deixar de fumar uns dois anos para que a segunda operação corresse melhor. Tentou, tentou, e nada, e o seu pensamento foi-se tornando negativo “ Se eu estou mal como posso melhorar?”.
Com os seus pensamentos assim tão negativos continuou a fumar mas desta vez pior, chegou aos sete a oito maços por dia!
Até que um dia a sua saúde começou ainda a piorar mais e apanhou uma doença que era mesmo muito má, era "equisona pulmonar". Piorou muito, e finalmente teve uma grande falta de ar e faleceu com quarenta e seis anos.
Foi uma triste vida, ele não se podia ter ido a baixo como foi, ele podia ter continuado a lutar para deixar o vício, podia não ter conseguido mas o que interessaria era que tentara, mas não foi o que realmente aconteceu.
Por isso o meu apelo resume-se a uma só frase: “ Deixe de fumar, ou deixe que o vício o mate!

Ana Francisca Marques, O Ciclista 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Dia Nacional do Mar


A viagem no Beagle
Olá!
Eu sou a cozinheira de bordo do Beagle, um famoso navio da marinha inglesa e decidi contar-vos neste meu texto quando é que nós, tripulantes, chegámos a uma ilha deserta.
Tinha eu acabado de arrumar as panelas, que tinham sido utilizadas no almoço, pronta para me ir deitar um pouco, quando de repente ouvi alguém a chamar-me:
- Niall!
- Sim? O que foi? O que se passa? – perguntei eu.
- Avistámos terra! Prepara-te para ir buscar comida que já quase não temos.
- Okay, Sr. Capitão!
Fiz sentido e dispersei logo dali, não fosse o Capitão mudar de ideias. Então, comecei a preparar-me e fiquei pronta precisamente no momento em que chegámos a terra.
Já com os pés na ilha, não víamos ninguém. Entretanto, comecei a minha busca de alimentos. Entrei assim por uma magnífica floresta densa, com muitas árvores altas, inúmeros arbustos pequeninos e pincelados estavam os caminhos com flores e cogumelos de várias cores e tamanhos. Contudo, não havia ninguém a viver nem uma única pessoa, o que nos levou a concluir que ainda ninguém tinha descoberto a ilha até esse momento. Então, decidimos ali hastear a nossa bandeira com letras pretas e bem redondinhas a dizer: “Charles Darwin ” e desfrutámos daquele lugar durante mais duas semanas, com fruta fresca, água doce e tudo do melhor!
Quando essas semanas acabaram, regressámos à nossa terra de origem mas ainda hoje, de dois em dois anos, eu vou visitar aquela ilha sempre igual ao que era.

Patrícia Figueiredo, nº 17, 8º C

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Dia Nacional da Língua Gestual Portuguesa


A Língua Gestual



Francisco era um menino magro, alto, com uns olhos muito grandes, de um azul da cor do céu.
Quando era mais pequeno teve um acidente de viação, do qual ficou sem a audição e a fala. Só comunicava através de língua gestual.
Nos últimos dias, o Francisco estava preocupado porque ia começar um novo ano letivo, como ele dizia, na escola grande. Na escola que frequentou até ao quarto ano todos o conheciam e sabiam do seu pequeno problema. A maioria já comunicava com ele pela língua gestual. Mas agora como é que os seus novos colegas o iriam receber?
E tinha razão para andar preocupado, pois os seus novos colegas não o receberam muito bem. Gozavam com ele. E colocaram-no de parte. O Francisco andava muito triste, sozinho pelos cantos da escola. A diretora de turma era uma professora muito atenta e, logo que se apercebeu da situação, decidiu marcar uma reunião com os alunos. Foi uma reunião curta mas muito objectiva. Todos saíram de lá com um espírito de união muito grande. Pretendiam ser mais solidários e amigos mesmo daqueles que são diferentes. Foi assim que o Francisco arranjou muitos amigos novos. Alguns deles aprenderam com ele, a língua gestual.     
Já jogava futebol e participava em todas as atividades da escola. Os colegas, já todos queriam estar perto dele, porque achavam este tipo de comunicação muito curiosa, mas também muito importante. Todos queriam aprender a língua gestual. 



João Pedro Rocha, O Ciclista

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Hábitos saudáveis de um diabético


O Ciclista desafiou um dos seus jovens “jornalistas” a fazer uma entrevista a um individuo diabético no âmbito do Dia Mundial da Diabetes

O entrevistado é um individuo do sexo masculino com cerca de 47 anos, com diabetes tipo 1 a quem se fez uma entrevista sobre os seus hábitos saudáveis para assim percebermos quais são os cuidados que um diabético deve ter.
O Ciclista – Há quanto tempo lhe foi diagnosticada a doença diabetes?
Entrevistado – Foi-me diagnosticada esta doença há cerca de cinco anos, quando fiz análises de rotina.
O Ciclista – Ficou alarmado?
Entrevistado – Fiquei um pouco mas esta doença já não é novidade para mim pois o meu pai também é diabético. Tenho pois esse fator de risco além de ser também um pouco obeso.
O Ciclista – A partir daí mudou alguma coisa na sua vida?
Entrevistado – Claro que sim. Comecei a tomar medicação recomendada pelo médico e ir a consultas mais frequentes.
O Ciclista – E em relação aos hábitos alimentares?
Entrevistado – Foi o que me custou mais. Tive que fazer algumas alterações, nomeadamente fazer uma dieta pobre em açúcares e aumentar o número de refeições por dia. Pequeno almoço, meio da manhã, almoço, lanche, jantar e ceia são as refeições que passei a fazer, estando habituado a fazer só três por dia.

O Ciclista – Costuma controlar os valores da glicémia? Habituou-se bem a fazer a picada no dedo?
Entrevistado – Sim, costumo controlar os meus valores de glicémia com alguma frequência e não me custa nada fazer a picada. O meu tipo de diabetes só necessita de comprimidos, pois há outros tipos de diabetes que precisam de medicamentos injetados e essas pessoas sofrem um pouco mais do que eu.
O Ciclista – Que outros cuidados deve seguir para poder ter uma vida saudável o mais possível?  
Entrevistado – Devo ter em atenção que o exercício físico é fundamental para eliminar os açúcares do meu organismo. Como fazer caminhadas, natação, ginásio, etc. A falta de tempo nem sempre me deixa cumprir com esta orientação do médico, tento estar ativo, fazendo algumas atividades na minha horta, queimando assim algumas calorias.
O Ciclista – Está preparado para lidar com esta doença para o resto da sua vida?
Entrevistado – De certa forma estou, pois os hábitos que adquiri já estão bem assimilados embora por vezes me custe resistir a alguns doces. O que mais me custa é saber que esta doença pode-me trazer problemas circulatórios e neurológicos, se não for bem vigiada. Tenho que ter especial atenção aos meus pés usando calçado confortável e meias sem costuras para não provocar feridas.
O Ciclista – Qual é a mensagem que quer deixar às pessoas portadoras destas doenças?
Entrevistado – Gostaria de dizer a essas pessoas que esta doença não é nenhum drama, sendo necessário saber lidar com ela: adquirir hábitos alimentares adequados e saudáveis, não faltar às consultas e fazer análises de rotina para que os valores da glicémia estejam normais. Também aconselho a que se inscrevam na Associação Portuguesa de Diabéticos, pois fazem várias atividades em conjunto promovendo os hábitos saudáveis e esclarecem dúvidas aos novos diabéticos ajudando a lidar com a doença.
O Ciclista – Em nome d´O Ciclista agradeço a sua disponibilidade.

Manuel Garruço, O Ciclista