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terça-feira, 26 de setembro de 2017

A importância de criar laços



Era noite estrelada,
Na rua nada se ouvia
Caía neve na estrada
E só se ouvia a ventania.
Estava um mendigo abandonado
Apenas coberto de sujidade
Aquele pobre coitado,
Vivia sem laços de amizade.
Encontrava-se num beco sem saída,
o seu único refúgio era a bebida.
O que fará ele da sua vida?
Em pleno estado de alucinação,
tudo lhe turvava a visão!
Ele sentiu a presença de um cão,
era mesmo o que ele precisava,
algo que preenchesse o vazio do seu coração ....

início do texto realizado por Alexandre Santos n.º 3, Ana Catarina Nepomuceno n.º 4, Gonçalo Ribeiro n.º 9, Pedro Nogueira n.º 22 e Tiago Pato n.º 25, do 12.º B

Ganhou um amigo para toda a vida,
já não se sentia tão sozinho!
Saiu do beco sem saída
Com o seu novo amiguinho ...
Naquele momento ganhou esperança
para, aquela vida de desgraça, abandonar,
pois quem espera sempre alcança!
Há que sonhar e acreditar.
A sua vida tomou um novo sentido
com uma inesquecível amizade.
Não se encontra mais ferido,
Ganhou laços para a eternidade!  

texto concluído por Filipe Neves Silva n.º 12, Inês Louro n.º 13, Rafael Duarte n.º 22 e Daniela Almeida n.º 26, do 12.º E

domingo, 24 de setembro de 2017

Consquista-te



O Ciclista endereça os parabéns ao aluno Pedro Ismael da Rocha Costa, pelo 1.º lugar alcançado no género lírico neste concurso, Ler e Aprender.
Conquista-te

São tantas as janelas da vida,
Que de vidro transparente, espelham o que há dentro.
Por essas janelas da vida, tanto se pode encontrar!
Essas janelas são os olhos, que tanto deveriam amar.

Alegrias, tristezas e agonias, revelam eles na sua transparência,
Mas as histórias, apenas pela Omnipotência são conhecidas.
Ninguém vê. Ninguém sente. Apenas os que as tem.
Sobre o céu, azul-cinzento, revela o intimo a sua tristeza longínqua.

Sol ofuscado. Sentido dos sentidos, onde paras?
Fraternidade, amor e alegria, de onde vens e para onde vais?
Fica e não vás. Permanece e não partas.
O teu lugar é entre os humanos.

Oh natureza carnal e imunda,
Dos teus agoiros e maldades!
Olha para o outro horizonte azul, e esquece,
As trevas à qual constantemente és chamado

E revela a bondade que há em ti.
Desperta ó meu ser, escravo destas tristezas e toma consciência,
De que tudo é passageiro e a tudo se deve aclamar:
" Calma. Levanta-te...Esperança!". 
Pedro Ismael da Rocha Costa, n.º 15, 12.º E

sábado, 23 de setembro de 2017

Dor!




Trago comigo no peito
Uma dor que me dilacera a alma.
O meu profundo sentir não quer ver, mas vê…
Vê o mudo grito daqueles que lá longe lançam os seus apelos.
Diariamente oiço-os a chamar e não respondo.
Calo em mim a vontade de dizer: BASTA!
O meu coração, dilacerado pela tormenta,
Chora por eles, mas ninguém me escuta.
E eles continuam a aventurar-se
Por esse mar de esperança e de dor.
Continuam a partir…
Partem em busca de um sonho.
De um mundo que nada lhes prometeu.
Fogem das mãos daqueles que, tal mãe, os deveria proteger.
Mas, contrariamente, não!
Tira-lhes o essencial.
Viola os seus direitos.
Os destrói e mata.
E eles …
Eles vendem a alma e a vida.
E… lançam-se no desconhecido.
Eu?!
Eu sofro calada.
Mas quero gritar bem alto: PAREM!
Ninguém me escuta.
E a dor,
A minha e a deles, continua!…
Finalmente, ei-los que chegam.
Trazem no rosto a esperança.
Na bagagem, os parcos haveres.
A dor, essa, continua presente
Nos rostos queimados pelo sol e pelo sal.
Vão deambulando de país em país.
Podem ficar…
Mas alguém diz:
Aqui não!
E sentem tardar o sonho.
Até para serem livres precisam de permissão!
E a dor mantém-se viva.
O que fazer?!
Eu quero dizer: BASTA!
Mas o meu grito de dor
Mergulha num profundo silêncio.
Ninguém me escuta.
E a dor,
A minha e a deles, continua!…