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segunda-feira, 31 de julho de 2017

O caçador e o leão



Era uma vez um caçador que queria caçar um leão. Mas ele tentava, tentava, tentava e nunca conseguia apanhar nenhum.
Certo dia, o caçador foi tentar caçar numa gigantesca floresta. E… viu um leão! Ele tentou apanhá-lo, mas não conseguiu, pois este era um leão grande e feroz. Nessa noite, quando estava a ir para casa, desiludido de não ter conseguido apanhar o leão, viu o animal que tinha visto durante o dia muito aleijado. O caçador pegou, então, no leão e cuidou, muito delicadamente dele. Depois do leão recuperar, o caçador voltou a soltá-lo na floresta.
Depois do caçador o soltar, ele continuou a ser muito feroz. Até que um dia, vinda não se sabe de onde, apareceu uma cadeira mágica que, depois de ver aquele leão, mau e feroz, lhe disse:
- Meu caro leão, desde que aqui cheguei, tenho andado a ver-te a magoar os outros animais, a tentar ser mais do que eles, como se eles fossem teus escravos. Eu acho que tu deverias ser mais respeitador e amigo. Afinal, vocês são todos animais e não devia haver diferenciação alguma. Tu és um leão tão bonito, esse pelo dourado e essa juba que voa na brisa suave…

- Não, não e não! Aqui quem manda sou eu! – resmungou o leão.
A cadeira mágica não insistiu mais. Mas, numa noite, quando o leão estava a dormir, ela lançou-lhe umas palavras que pareceram ter um toque de magia:
- “Não tentes ser bem-sucedido, tenta antes ter valor”!
Na manhã seguinte, o leão estava diferente. Os seus olhos brilhantes reluziam com o sol, o seu pelo dourado brilhava e a sua juba tão bela esvoaçava ao vento. Ele passava pelos animais e cumprimentava um por um, ajudava aqueles que estavam doentes e se sentiam sós e dava comida àqueles que necessitavam.
Passados uns dias, o caçador voltou àquela floresta. Entretanto estava a escurecer e o caçador estava cheio de sede e de fome, e, quando andava à procura de alguma comida e bebida, deparou-se com o leão. Mas… desta vez o leão não o atacou nem o caçador o tentou caçar.
A partir daquele dia, tornaram-se grandes amigos e o caçador nunca mais se dedicou à caça e passou a cuidar de animais doentes ou com alguns ferimentos.
Maria Luís, 7.º F

domingo, 30 de julho de 2017

O despertador que despertava para os sonhos



Havia uma menina que, na hora de ir para a escola, estava sempre a dormir. A mãe, de facto, acordava-a, mas por incrível que pareça ela voltava a adormecer.
Um dia, a mãe comprou-lhe um despertador. Ela não gostou, pois fazia muito barulho. O que ela não sabia é que ele era mágico. Uma vez que, quando ele tocava, não era para a acordar, era sim para a levar para um sonho deveras mágico e muito divertido. A partir daí, começou a sonhar todas as noites, pois ela punha-o a despertar precisamente na hora de ir dormir. Um dia, ele avariou-se. E, então, passou a tocar para ela acordar e não para sonhar.
Ela ficou muito triste com o que estava a acontecer, mas não falou com ninguém, pois era um segredo que só ela podia saber. Entretanto, decidiu ir à oficina do senhor Manuel, para ver se ele o conseguia arranjar.

-Bom dia, senhor Manuel! Acho que o meu relógio não anda a tocar bem. Pode dar-lhe uma vista de olhos? – pediu ela.
-Sim, mas parece-me que está tudo normal, pois está a tocar lindamente!
-Obrigada! Devo ser eu que já ando a imaginar coisas…
 Então, tentou ela própria arranjar o relógio, muitas e muitas vezes, sem nunca cruzar os braços e o mais surpreendente é que conseguiu.
A partir daquele momento, passou a viver a magia do sonho outra vez, graças à sua persistência e empenho.
Leonor Lopes Carvalho, n.º 15, 7.º F

sábado, 29 de julho de 2017

A Guitarra Mágica



Era uma vez, numa aldeia, uma família que estava sempre a ser amaldiçoada e todos os membros que a constituíam pensavam que a situação se devia a uma guitarra que tinham comprado numa feira local.
Eis então que, fartos do que lhes acontecia no dia a dia, decidiram colocar a guitarra no lixo. Entretanto, quando estavam a colocá-la no lixo, estava a passar precisamente por perto uma menina que adorava música e, muito intrigada, perguntou:
- Por que razão é que estão a deitar uma guitarra para o lixo?
- Esta guitarra amaldiçoa as pessoas, por isso é que não a queremos mais. - informou o elemento mais jovem daquela família.
De seguida, a menina questionou:
- E como sabem que é amaldiçoada?
- Pois, desde que a comprámos, só nos acontecem coisas más.
A menina, como não se convenceu disso, decidiu levar a guitarra para casa.
No caminho, passou por um pobrezinho que estava a pedir esmola e ela, com pena, pôs a mão no bolso para ver se tinha alguma moeda. A sua deceção foi quando se apercebeu que só tinha uma moeda, mas mesmo assim decidiu dá-la. Com este ato de bondade e por magia, a guitarra tocou uma pequena melodia e o bolso encheu-se de moedas que as partilhou com o pobrezinho.
Continuando o seu caminho para casa, encontrou um mendigo que estava a pedir comida e, como ela tinha um coração bom, convidou-o a ir a sua casa comer. Quando chegou a casa, viu que só havia um pão e que tinha de dar para a sua família e para o mendigo. Só que novamente a guitarra tocou e a mesa encheu-se de comida. Sendo assim, com todos estes acontecimentos, a menina passou a acreditar que aquela guitarra era, de facto, mágica, mas não entendia como.
Nessa noite, quando estava a dormir, a guitarra confessou à menina em sonho que a família que a tinha posto no lixo era má e invejosa e, por isso, é que eram amaldiçoados.
Então, no dia seguinte, ela concluiu que há sonhos azuis, amarelos ou multicolores e guitarras mágicas ou não, e que tudo depende da bondade do nosso coração.
Beatriz Simões Rolo, n.º 5, 7.º F