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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

A Natureza



A Natureza muda a vida.
Dos nossos avós foi a casa vivida.
Ela tem vários sere vivos,
E alguns são esquivos!
A Natureza tem vários animais.
Tigres, cães e outros que tais.
Domésticos ou selvagens,
Têm sempre as suas paisagens!
A Natureza com pinheiros e carvalhos,
Dão muito, mas não dão alhos.
Há muitas uvas maduras,
Com tantas doçuras!
A Natureza nunca desaparece.
Pois, é o que ela merece.
Mas, não se esqueçam.
Esperem que as bananas amadureçam!
Mara Sofia Santos Blanco, 3.º ano, EB Vilarinho do Bairro

domingo, 30 de agosto de 2015

Textos Concurso Ler e Aprender



O concurso Escolar Ler e Aprender 2015 promovido pela Biblioteca Municipal de Anadia teve, como já noticiámos em edições anteriores, a participação dos alunos do nosso Agrupamento, desde o 1º ciclo ao ensino secundário. Foram vários os alunos premiados. Contudo, o nosso jornal irá dar visibilidade a todos os textos escritos pelos nossos alunos, fazendo referência, como não poderia deixar de ser, aos alunos que obtiveram os lugares cimeiros.
A ordem de apresentação segue a da entrega de prémios verificada na BMA, ou seja, a seguinte: todos os textos do género lírico, a iniciar no 1º Ciclo e a terminar no ensino secundário. No fim de cada ciclo serão publicados os textos classificados respetivamente em 2º e 1º lugar. Posteriormente e pela mesma ordem serão publicados os textos do género narrativo.
O Ciclista expressa a todos os concorrentes os parabéns pelos textos escritos, em particular e mais uma vez aos grandes vencedores Ana Neta (jornalista do nosso clube), Carlos Silva, Ema Fadiga, Gonçalo Ferreira, Inês Góis, Inês Silva, Raquel Seiça e Sofia Pedrosa (jornalista do nosso clube).
Graça Matos, O Ciclista


As Férias da Páscoa
Na Páscoa comemora-se a vida de Jesus.
Os padrinhos e as madrinhas dão-nos presentes!
Na Páscoa beijamos a cruz.
Ficamos todos muito contentes.
Nas férias da Páscoa vamo-nos divertir.
Com os primos nós brincamos.
Brincamos, mas podemos cair.
De casa em casa nós andamos.
E nós com a sineta andamos.
A rezar festejamos a Páscoa.
Às nossas casas chegam os folares,
Dos nossos familiares que tanto amamos.
David Filipe Simões Mota, EB Vilarinho do Bairro, 4.º ano

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Perdido



Eu era um simples cão. Não tinha raça, nem pedigree, não tinha nada. Era simplesmente um cão.
Era mais um de uma ninhada de cinco, o último por acaso e já não esperado, porque atrasado como fui, julgavam que a cadela que era a minha mãe já tinha deitado tudo cá para fora, como ouvi alguém dizer na altura do meu nascimento. Era, talvez por isso, um ser minúsculo e muito insignificante. Foi fácil para todos os meus irmãos e irmãs serem apreciados e de imediato escolhidos pelas crianças que visitaram o canil, onde nos encontrávamos. Pois, esqueci-me de dizer, a minha mãe tinha sido recolhida da rua, era uma vadia. Não foi abatida porque estava prenha.
Eu via-os dizerem-me adeus um a um, com aquela alegria no olhar de quem encontrou a sorte e sentia-me cada vez mais triste, mais sozinho, abandonado e muito, mas mesmo muito perdido e antevendo já o meu triste destino. As longas horas pareciam eternas e os gritos daqueles que partiam, não escolhidos pelos humanos que nos visitavam, mas pelos que ali trabalhavam, aliados aos silvos estridentes daqueles que chegavam, ecoavam nos meus ainda débeis ouvidos. Queria sair dali, mas ainda era tão dependente e mesmo que o não fosse, nunca o iria conseguir. Porém, de que me estava a queixar?! Afinal, aquilo que eu escutava dos outros não podia ser verdade, pois eu até estava a ser bem tratado, tinha sempre o leite não da minha mãe, pois ela morrera durante o parto, devido ao estado em que se encontrava, mas dado de um biberão por uma senhora muito simpática, a Dra. Sara.
Eu já não a vi viva e nem a cheguei a ver. E, se me perguntam se tenho saudades dela, nem sei dizer, pois a verdade é que nunca a conheci. Contudo, lembro-me bem do quentinho dela.
- Eu quero aquele, papá.
- Adriana, aquele é tão pequenino e nem tem raça nenhuma. Afinal tu sempre desejaste ter um cão labrador e aquele não tem nada a ver com eles.
- É aquele que eu quero. - insistia a criança.
- Tudo bem, mas depois não te arrependas, isto não é um boneco, é um animal e é para a vida.
Era por causa de mim que aqueles humanos estavam a discutir. Parei os meus pensamentos e tomei atenção ao que estavam a dizer, mas… afinal devia ter ouvido mal. Pois viraram-me as costas e foram embora. Claro, como poderia alguém escolher-me? Eu nem sequer era vistoso e bonito como os meus irmãos. Era bem mais pequenino. Sim, tinha que me mentalizar que iria ter o destino daqueles que eram trazidos para ali e que iam para a “chacina” como diziam, embora eu ainda não percebesse muito bem o que queria dizer.
Estarei a ver bem?! Eles estão a voltar com o encarregado e não é possível! Estão a abrir a minha jaula e … o que é isto?! Ah! Como é que o humano lhe chamou mesmo? Adriana, Adriana. A Adriana está a pegar em mim ao colo e, e, e … uau! Sabe tão bem! Tão bem que me apetece lambê-la.
- Olha, pai, ele gosta de mim. Ele já me adotou. Está feliz comigo. Está a dar-me beijinhos.
Naquele dia nasci outra vez e a minha felicidade não ficou por aí. Continuamos juntos. Aliás, eu e a Adriana somos inseparáveis.
Perdido? Nunca mais me senti, mesmo agora que já começo a ficar mais velhote, pois os anos para os cães pesam mais que nos humanos e já lá vão quase dez!
Adriana Matos, O Ciclista

Nota:
Imagem Internet.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Quem me dera ser poeta


Quem me dera ser poeta
Para belas palavras escrever,
Gravadas em pétalas de rosas
E humildemente te as oferecer.
Quem me dera ser poeta
Para versos e quadras eu redigir,
Cantar o meu amor ao vento,
E mostrar a todos o meu sentir.
Quem me dera ser poeta
E, bem eu saber rimar,
Poderia escrever mil versos
Sem nunca deixar de te amar.
Quem me dera ser poeta
Para perceberes, enfim,
Que tudo o que faço e digo
É para que penses em mim.
Quem me dera ser poeta,
Soltar trovas e sonetos,
Tornar palavras efémeras,
E contigo cantar em dueto.
Sofia Pedrosa, O Ciclista