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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Dia Mundial da Saudação


Olá a todos os Ciclistas.
Esta é uma das muitas maneiras que se pode utilizar para saudar as pessoas.
Neste Dia Mundial da Saudação e na qualidade de “jornalistas d´O Ciclista” foi-nos lançado o desafio de fazermos um texto sobre este tema. Depois de aceite, arregaçamos as mangas e aqui estamos nós a escrevê-lo. O tempo é pouco, pois o trabalho da escola é muito, mas os escassos momentos poderão ser aproveitados para redigir umas quantas palavras. Este dia, pesquisámos nós, serve essencialmente para levar a paz a todos.
Foi com este sentir em mente que redigimos a história que a seguir apresentamos.

Timidez!
Eu era uma criança igual a tantas outras crianças desse mundo. Bem, talvez não fosse bem assim. Era realmente uma criança. Mas não era efetivamente igual. Todos os dias partia de casa, sensivelmente por volta das 8 horas e 30 minutos. O meu caminho para a escola fazia-o em cerca de 20 minutos, mas eu gostava de sair um pouco antes, pois receava qualquer atraso. Nunca ninguém me dirigia a palavra. Eu também não queria. Nunca sabia o que dizer de volta.
Todos os dias eram, portanto, iguais. Ou pelo menos idênticos.
Todos até àquele em que o Jorge apareceu. Ele era um rapaz exatamente igual a todos os outros. A idade devia ser a mesma da nossa, da minha e dos meus colegas da turma. Já agora eu estou no 3º ano do 1º ciclo. Bem, ele, como eu, não era exatamente igual. Ao contrário de mim todos lhe dirigiam a palavra. Quase todos: eu não!
- Bom dia! – ouvi eu naquele chuvoso dia de inverno. Como não esperava que fosse para mim, nem me dignei responder. Pelo que voltei a ouvir: - Então, não respondes? És surda?
Olhei desconfiada para quem atirava aquelas palavras para cima de mim, de um modo ao mesmo tempo brusco e gentil. – Sim!, respondi a medo, - falo e não sou surda.
– Então, tens de te juntar a nós, brincar, divertir-te e sorrir. Tens de partilhar, ser alegre. Tens de ver como a amizade é um bem e que sem amigos a vida é uma chatice!
Eu, ainda incrédula, pois nunca ninguém falara comigo durante tanto tempo, acabei por, pela primeira vez, sorrir e, ao ver a sua mão estendida, estender também a minha e juntar-me à grande roda gigante que todos os meus colegas formaram.
A partir desse dia nunca mais me senti só e aprendi o valor da saudação.

Adriana Matos e Sofia Matos, O Ciclista

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