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domingo, 18 de novembro de 2012

Dia Nacional do Mar


Publicamos, com dois dias de atraso e no âmbito das comemorações do Dia Nacional do Mar, o texto da nossa repórter Márcia Sousa. Esta repórter tinha ficado encarregue de fazer o texto alusivo ao mar, contudo esteve doente, mas não quis deixar de, mesmo assim, escrever o seu texto. A ela o nosso obrigado e as rápidas melhoras.

A Equipa d´O Ciclista

O sentir do mar!

Ontem, eu decidi ir até à praia para descontrair um bocadinho, pois tinha sido uma semana de muitos testes. Como não estava lá ninguém, a praia estava deserta, ia mesmo dar para descansar.
De repente pareceu-me ouvir um barulho muito estranho. Ao longe pareceu-me ouvir alguém a chorar. Fui-me aproximando do mar, pois era dai que me parecia provir tão estranho som, e foi então que me apercebi que era realmente do mar que o choro chegava. Virei-me para ele e senti uma gotas de água que sobre mim eram atiradas, como se fossem arremessadas com a intenção de me chamar a atenção. Um pouco a brincar disse-lhe: - olá amigo mar então, está tudo bem contigo?
Ao que ele, deixando-me muito surpreendida, me respondeu:
- Não, não estou nada bem. Eu estou triste.
Já mais refeita do susto inicial, disse-lhe:
- Eu sei porque é que tu estás triste.
- Sim eu sei que tu sabes. Sei que sabes que muitas pessoas agora só sabem poluir o meu espaço. Atiram lixo, sacos plásticos, que matam os meus seres vivos, despejam petróleo, detergentes e mais, muito mais.
- Temos que tratar disso, amigo mar. Temos de arranjar um plano para resolver isso.
- Sim, eu sei. Eu até te poderia sugerir um… Que tal se hoje tu e os teus amigos limpassem o meu espaço?
- Claro, essa é uma grande ideia. Vou já falar com todos eles, vou enviar uma mensagem. Vais ver que num instante começamos.
Rapidamente contactei alguns amigos e estes e muitos outros, ... enviaram mensagens e a palavra passou de boca em boca e um grande grupo de gente solidária “deu à costa” e contribuiu para a limpeza da praia e, com a ajuda do barco do meu tio Marcelo e com as redes dele, porque ele é pescador, também conseguimos retirar muito do lixo que havia no mar.
A minha ida à praia, que tinha começado por ser pensada como um dia para descansar, terminou após um inacreditável diálogo com o mar, na elaboração de um plano de limpeza, no estabelecimento de contactos com os colegas e num trabalho de remoção do lixo das praias em equipa. No final, dado termos ficado tão felizes com o que fizéramos, decidimos que eu ia fazer uma reunião com outras pessoas do mundo de modo a ver se conseguíamos estender a nossa ação a outros lugares.
Dessa reunião conseguimos, finalmente obter um compromisso de honra em que iríamos debater-nos contra o lançamento de lixo no mar e a diminuição do uso de petróleo.
Uma das regras que conseguimos que os governantes dos países estabelecessem nos seus estados foi que todo aquele que prevaricasse seria multado, nomeadamente com trabalho comunitário.

Márcia Sousa, O Ciclista

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