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terça-feira, 7 de maio de 2013

Depois da tempestade, vem a bonança


Aos alunos do 8º C e 8º F foi proposto que criassem o seu próprio conto, fazendo a escolha de um dos seguintes provérbios:
à               A boa caridade começa em casa
à               A união faz a força
à               Uma desgraça nunca vem só
à               Depois da tempestade, vem a bonança
Vamos assim dar-vos a conhecer alguns desses textos.

Sara Castela, Professora Língua Portuguesa e O Ciclista

Depois da tempestade, vem a bonança


Era uma vez uma senhora, já com os seus trinta anos, que vivia na sua casa em West Zone.
West Zone era uma aldeia muito simples, onde só se encontravam instrumentos necessários à vida. Perto desta aldeia, havia uma cidade mais desenvolvida, North Zone, que, por motivos desconhecidos, estava em conflito com West Zone.
Certo dia, a senhora de nome Beatrice foi alertada para o facto de que brevemente seriam atacados, podendo ficar sem habitação e sem a imagem que tinham da sua aldeia. Era pedido que procurassem casas de familiares e deixassem a sua, pois se lá ficassem o inevitável iria acabar por acontecer. Ela e os seus vizinhos e amigos com que convivia seguiram assim caminho, dormindo ao relento a primeira noite, com apenas um cantil de água e uns figos secos, que nem davam para tapar o buraquinho no estômago.
No dia seguinte, deram de caras com uma cidade totalmente diferente ao que estavam acostumados. Era uma cidade bastante avançada, mas nem por isso as pessoas pareciam mais felizes.
Beatrice bem como os seus acompanhantes previam o pior. Aquele ambiente não era de modo algum agradável e para apenas sobreviver, teriam de trabalhar muito e em empregos nunca antes por eles conhecidos. No entanto, fixaram-se numa casa abandonada juntamente com pessoas de raça cigana.
Passado umas semanas, já Beatrice ia começar a trabalhar e foi como que obrigada a abandonar a sua nova cidade. Não podendo fazer nada, foi alojar-se numa casinha que tinha avistado no caminho. Montada na sua carroça seguiu, sozinha, e só via as coisas a piorar. O que ela não sabia é que na carroça ia uma criança!
Já em casa, deitou-se no colchão, que se encontrava no chão da escura sala e sentiu um chamamento vindo do invisível. Era inexplicável. Beatrice saiu à porta e viu a face do seu falecido avô, representada por luzes policromáticas. Ele dizia-lhe para voltar a West Zone, que a situação iria melhorar e que a guerra tinha acabado. A senhora estava calmamente incrédula, mas sempre confiou no seu querido avô e decidiu que, no dia seguinte, iria para a sua terra natal.
Atravessou uma densa tempestade, mas chegou a West Zone, onde acabou por descobrir a criança que a acompanhou na longa viagem. Quando chegou, deu de caras com uns senhores a cavalo aparentemente bem vestidos. Eram os novos ‘chefes’ de West Zone e arredores e estavam lá com intenções de transformar a aldeia num campo de batalha e de guarda aos cavalos. Porém, Beatrice apercebeu- -se e antes que começassem a destruir seja o que fosse, ela interrompeu-os e tentou ao máximo impedi-los.
O seu plano não parecia estar a resultar mas, de entre os cavaleiros, um avançou e disse com toda a sua calma que simplesmente não iriam abater nada. Os seus colegas ficaram perplexos, pois tal como Beatrice não estavam à espera daquela reação. No entanto, deram meia volta balbuciando uns com os outros. Ficou apenas um em frente de Beatrice. Trocavam olhares e parecia que liam a mente um do outro. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu entre eles e como aconteceu, mas Beatrice acabou por se casar com o cavaleiro e adotaram a criança que a seguiu nas suas viagens.
Beatrice mudou de vida e, depois de todos os conflitos que viveu, encontrou uma porta aberta para a felicidade.

Ana Sofia, nº 2, 8º C

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