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terça-feira, 25 de março de 2014

A escritora Ana Macedo na Escola Básica nº 2 de Anadia

Na passada segunda-feira, dia 17 de março, na nossa biblioteca, presenciámos um encontro com Ana Macedo, autora do livro Lágrimas Coloridas e Sem Pecados na Culpa.
A atividade foi destinada, em especial, aos alunos do 6º ano e teve a particularidade de ser efetuada de uma maneira dinâmica, pois as perguntas sobre a autora e os seus livros eram colocadas pelos próprios alunos presentes. Durante o encontro, as questões que surgiram foram diversas e a autora revelou-se sempre muito simpática e comunicativa com todos, aliás foi fácil verificar todo o prazer que põe no trabalho de escrita que vai desenvolvendo. Ana Macedo foi respondendo a todas as solicitações e evidenciando que, se pudesse, gostaria de contar com a escrita como atividade futura. Logo após esta afirmação foi divertido ouvir uma questão de um dos alunos presentes “Foi uma boa aluna a Português?” à qual a escritora respondeu afirmativamente, embora agora esteja a seguir estudos na área das ciências.
Foram questões deste género que preencheram os quarenta e cinco minutos deste encontro. A autora esclareceu ainda os alunos sobre o seu ato de escrever pretendendo com isso, provavelmente, cativar alguns para o prazer da escrita. Na sua opinião é difícil saber quando um livro está pronto para ser publicado, pois considera que a escrita é um ato muito íntimo “Eu escrevo para mim própria.”- disse.
E como uma pergunta puxa outra, é evidente que Ana Macedo também foi solicitada a esclarecer o que era para si um bom livro. A sua resposta foi pronta “Um bom livro precisa de surpreender ao longo da leitura, a sua história precisa de ser semelhante à história do leitor e deve ser cativante.”
Já no final do encontro, e após muita interação entre a escritora e os alunos, surgiu uma pergunta algo curiosa. Um dos presentes quis saber da possibilidade de ela poder vir a escrever um livro com uma moral. A resposta não se fez esperar. Ana Macedo respondeu que num livro infantil gostaria de o fazer, mas num romance não arriscaria fazê-lo. A autora afirma que, nos seus livros, deixa sempre transparecer a importância da amizade perante a sociedade egoísta em que se vive.
E foi assim que os quarenta e cinco minutos rapidamente se esgotaram. A forma simpática como a autora esteve perante todos e a sua espetacular capacidade de comunicação foram os pontos altos deste encontro.

No final do encontro, também O Ciclista quis conhecer um pouco mais desta nova escritora portuguesa e, para isso, decidiu ir conversar um pouco com ela.
Ciclista – Onde foi buscar a inspiração para os seus livros?
Ana Macedo – A inspiração surge e eu procuro-a nas pessoas e nas suas personalidades.
C. – Quando descobriu que gostava de escrever?
A.M. – Desde pequena sempre apresentei gosto pela escrita.
C. – Dos livros que escreveu, qual o seu preferido e porquê?
A.M. – É difícil escolher um, pois escrevi-os em fases distintas da minha vida. O Lágrimas Coloridas foi escrito durante a minha adolescência e o Sem Pecados Na Culpa foi escrito numa fase mais adulta.
C. – O que achou da receção dos alunos desta escola perante a sua vinda?
A.M. – Achei-os bastante interessados e motivados. Apresentaram um bom comportamento perante as perguntas dos outros e foram muito simpáticos.
C. – Na sua vida de escritora, quem foram os seus maiores apoios?
A.M. – Foram os meus pais, os meus irmãos, a minha madrinha, as minhas professoras de Português e o meu namorado que é atualmente o meu marido.
C. – Está a pensar escrever outros livros?
A.M. – Já estou a trabalhar no meu terceiro romance que será sobre uma bailarina. Escrevo letras de músicas para algumas bandas e também estou a pensar escrever um conto infantil.
C.- O que é para si escrever?
A.M. – Um ato de liberdade, um vício e um prazer.
C. - Que tipo de livros mais gosta de ler?
A.M. – Fábulas metafóricas e romances.
C. – Quais os seus escritores preferidos?
A.M. – António Mota, Maria Alice Vieira, Sophia de Mello Breyner e Fernando Pessoa.
C. – Qual o seu livro preferido e porquê?
A.M. – É difícil escolher, mas diria Meu Pé de Laranja Lima por ser o mais marcante.
C. – Poderia dizer-nos as três coisas que gostaria de fazer antes de morrer?
A.M. – Uma: viajar por vários sítios do mundo.
Duas: publicar livros no estrangeiro.
Três: escrever um guião de cinema.
C. – E para finalizar, diga-nos uma frase que possa encorajar os aspirantes a escritores.
A.M. – Persegue os teus sonhos, encarando os obstáculos do caminho como uma aprendizagem.




Beatriz Agante e Ana Neta, O Ciclista

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