Em
tempos que já lá vão, havia uma casa abandonada, longínqua da aldeia mais
próxima em que eu vivia.
As
pessoas comentavam que essa casa estava assombrada pelas almas das pessoas que
já lá tinham vivido e que nunca lá tinha ido ninguém por medo. Mas, certo dia,
fui dar um passeio perto da casa, fiquei com muita curiosidade e então, entrei.
Pela porta principal, que estava velha e como tal, rangeu.
Estando
já dentro da casa, olhei à minha volta e a sala onde eu estava parecia uma
velha biblioteca com livros muito antigos e cheios de pó.
De
repente, assustei-me, pois ouvi uma voz grossa que dizia: "Procura o livro mais antigo e logo
encontrarás o teu futuro!"
Com
medo, mas curiosa, procurei, procurei até que vi um livro quase sem capa,
coberto de pó na última prateleira. Como estava muito alto, peguei numa
cadeira, tirei o livro e vi um pequeno objeto lindo e dourado que brilhava
intensamente. Era uma chave um pouco estranha e misteriosa. Eu, então, tirei a
chave, pousei o livro, virei-me para trás e vi um cofre entre livros antigos.
Experimentei abrir o cofre com a chave e, após várias tentativas, ele finalmente
abriu. Eu fiquei radiante.
Entretanto,
no seu interior, vi um pequeno papel escrito com caracteres gregos e pelo que
me apercebi eram números. Procurei livros que tivessem a escrita grega.
Descobri alguns. De seguida, tentei rapidamente ver quais eram os números e
descobri que eram os seguintes: 187931215. Pensei logo que fosse o número de
uma conta bancária, onde teria certamente uma fortuna.
Depressa
saí pela porta fora da casa e fui ao banco, mas o funcionário que me atendeu
disse-me que a conta estava desatualizada e que necessitava de um número para a
atualizar. Eu, porém, perguntei se não seria aquele o número. Ele confirmou e
conseguiu atualizar a conta.
Passados
dez anos, consegui acabar os meus estudos, tornei-me médica e milionária.
Fiquei ainda muito conhecida e passei a fazer viagens pelo mundo fora. E tudo
graças a uma pequena fortuna que alcancei com a descoberta de um cofre na casa
abandonada e que todos diziam estar assombrada.
Valeu-me
a minha curiosidade e a minha coragem!
Sofia Ferreira, nº 28, 7º F
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