Era
uma vez um menino que decidiu ir passear pela sua aldeia e reparou numa casa
abandonada. Curioso como era, resolveu ir vê-la por dentro.
Estando
já no seu interior, deparou-se com umas escadas em direção ao sótão. Então, foi
subindo, subindo, subindo até que de repente reparou numa enorme caixa
castanha, que tinha uma chave na fechadura. O mais surpreendente é que era uma
chave grande e de ouro. Decidiu assim abrir a caixa com muito cuidado. No
entanto, estava com um certo receio de a estragar e qual não foi o seu espanto,
quando se deparou com imensos brinquedos, mas o mais fantástico foi ter ouvido
uma estranha voz vinda atrás dele, mais precisamente da porta, pela qual
entrara e que lhe disse:
-
Olá! Esta casa era do senhor José. Infelizmente, ele já faleceu e como não
tinha filhos, ficou assim abandonada.
-
Esta casa é tão magnífica por dentro como por fora! - exclamou o menino - E
esta caixa certamente nunca ninguém a abriu, sem ser o seu dono. Pois
não?!
-
Sim, só o meu dono é que me abria, mas isso já foi há muitos anos atrás. -
comentou a própria caixa.
-
Se eu tirasse alguns brinquedos para levar para a minha casa, tu não te
importarias? - perguntou o menino, fascinado com o que se estava a passar.
-
Oh! Eu gostava que brincasses só aqui ao pé de mim. - suplicou a caixa.
O
menino ficou comovido com o pedido e respondeu-lhe:
-
Sim! Está bem! Eu brinco aqui contigo e vou começar a visitar-te todos os dias,
se não te importares. Pode ser?
Ao
ouvir isto, a caixa deu um saltinho de felicidade e exclamou:
-
Não sabes o quanto eu fico de contente, por me dares esta alegria. É que eu há
muitos anos que não era aberta por ninguém e só tenho falado com a minha amiga
porta.
A
partir daquele dia, o menino passou a visitar a sua velha amiga caixa quer para
brincar quer para falar e assim tornaram-se os três grandes amigos. Sim! Porque
a porta também participava nas brincadeiras e nas conversas!
Pedro Oliveira, nº 25, 7º F
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