Há algum tempo atrás, decidi ir a uma casa
abandonada, situada na aldeia vizinha à minha.
Era mais
uma terça-feira quente de verão e como não tinha de estudar, decidi ir até à
casa abandonada. Logo assim que entrei, vi um lanço de escada, cujos degraus
eram muito instáveis e rangiam assustadoramente.
Quando cheguei ao primeiro andar, vi que havia um
alçapão no teto. Procurei, então, alguma coisa para me elevar. No entanto, não
encontrei nada de especial, só uma quantidade excessiva de livros. Como tal,
empilhei os livros e consegui finalmente chegar ao alçapão. Abri-o com alguma
dificuldade, entrei e vi uma caixa pequena, mas esse detalhe chamou-me à
atenção, razão pela qual a abri e vi que continha uma chave brilhante e um mapa
demasiado deteriorado mas, mesmo assim, conseguia ver-se o básico.
Momentos depois, fui embora para casa. Porém, pelo
caminho, encontrei um esquilo falante que me disse:
- Deixa-me ver o que tens aí.
- É simplesmente uma caixa com uma chave e um mapa
- respondi eu.
- Onde encontraste tudo isso?
- Não te digo.
- Diz-me, se não roubo-te a caixa e nunca mais me
vês.
- Está bem! Encontrei estes objetos naquela casa
abandonada.
- O quê?! Eu bem sabia que o meu dono tinha alguns
segredos. Segue-me! - pediu ele.
Segui, então, o esquilo durante algum tempo, até
que ele me mostrou uma árvore que tinha umas escadas que davam para a copa.
Quando subi, vi que havia uma casa no topo da árvore. A porta estava trancada e
nesse preciso momento, o esquilo ordenou:
- Usa a chave.
Usei a chave. Servia na perfeição! E qual não foi
o meu espanto, quando verifiquei que havia uma menina que estava a fazer
desenhos espetaculares.
Posso assim dizer que este foi o melhor tesouro
que encontrei. Pois, a partir deste dia, passei a ter dois novos amigos e
foi-me dada a oportunidade de aprender a desenhar, algo que eu ainda não tinha
conseguido.
André
Correia, nº 8, 7º F
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