Era
uma vez dois irmãos que tinham uma vontade muito grande de irem ao sótão de sua
casa. Contudo, a sua mãe não os deixava ir.
Certo
dia, a mãe teve de sair, mas esqueceu-se da chave do sótão em casa. Pois, no
dia a dia, ela trazia-a sempre consigo.
Eles,
então, viram a chave em cima da mesa da sala de jantar e disseram um para o
outro: "Vamos pegar na chave do sótão e vamos ver o que esconde ele."
E lá foram eles.
Quando
chegaram junto à porta do sótão, puseram a chave na fechadura, abriram a porta
e só viram uma velha caixa muito grande. De seguida, tentaram abri-la, mas não
conseguiram. Entretanto, depararam-se com um pequeno ponto brilhante localizado
no fundo do sótão. Decidiram ver mais perto e eis que descobriram uma chave tão
brilhante, tão mágica que nunca tinham visto nada assim.
Pensaram
logo para com os seus botões de que certamente seria aquela a chave que abriria
a caixa. Seguidamente foram ver se era verdade ou não.
Chegaram-se,
então, ao pé da caixa, rodaram a chave e a tampa abriu-se. Nesse mesmo
instante, começaram a ver livros, fotografias, antigas e viram uma carta.
Abriram-na e a carta dizia o seguinte:
"Queridos
filhos,
Eu bem sabia que ir para lá seria a morte certa. Por isso,
deixei-vos os meus bens mais preciosos.
Amo-vos muito.
Do vosso pai, um grande beijo.
Roberto Reis "
Após
a leitura da carta, ambos começaram a chorar. Entretanto a mãe deles, que tinha
acabado de chegar, ouviu um barulho vindo do sótão e subiu as escadas. Quando
lá chegou e viu os filhos naquele estado, com a carta do pai nas mãos,
proferiu:
-
O vosso pai costumava dizer que essa era a sua caixa mágica. Desculpem não vos
ter mostrado isto mais cedo.
-
Mãe, - disseram eles em uníssono - não te preocupes. O pai estará sempre vivo,
nos nossos corações.
E,
a partir daquele dia, ao final da tarde, juntavam-se sempre os três no sótão e
relembravam pequenas histórias vividas juntamente com o pai.
Leandro Santos, nº 17, 7º F
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