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sábado, 19 de maio de 2012

MEMÓRIAS…


Era uma vez dois irmãos que tinham uma vontade muito grande de irem ao sótão de sua casa. Contudo, a sua mãe não os deixava ir.
Certo dia, a mãe teve de sair, mas esqueceu-se da chave do sótão em casa. Pois, no dia a dia, ela trazia-a sempre consigo.
Eles, então, viram a chave em cima da mesa da sala de jantar e disseram um para o outro: "Vamos pegar na chave do sótão e vamos ver o que esconde ele." E lá foram eles.
Quando chegaram junto à porta do sótão, puseram a chave na fechadura, abriram a porta e só viram uma velha caixa muito grande. De seguida, tentaram abri-la, mas não conseguiram. Entretanto, depararam-se com um pequeno ponto brilhante localizado no fundo do sótão. Decidiram ver mais perto e eis que descobriram uma chave tão brilhante, tão mágica que nunca tinham visto nada assim.   
Pensaram logo para com os seus botões de que certamente seria aquela a chave que abriria a caixa. Seguidamente foram ver se era verdade ou não.
Chegaram-se, então, ao pé da caixa, rodaram a chave e a tampa abriu-se. Nesse mesmo instante, começaram a ver livros, fotografias, antigas e viram uma carta. Abriram-na e a carta dizia o seguinte:
  "Queridos filhos,
  Escrevi esta carta, antes de ir para a guerra.
  Eu bem sabia que ir para lá seria a morte certa. Por isso, deixei-vos os meus bens mais preciosos.
  Amo-vos muito.
  Do vosso pai, um grande beijo.
                                                          Roberto Reis "
Após a leitura da carta, ambos começaram a chorar. Entretanto a mãe deles, que tinha acabado de chegar, ouviu um barulho vindo do sótão e subiu as escadas. Quando lá chegou e viu os filhos naquele estado, com a carta do pai nas mãos, proferiu:
- O vosso pai costumava dizer que essa era a sua caixa mágica. Desculpem não vos ter mostrado isto mais cedo.
- Mãe, - disseram eles em uníssono - não te preocupes. O pai estará sempre vivo, nos nossos corações.
E, a partir daquele dia, ao final da tarde, juntavam-se sempre os três no sótão e relembravam pequenas histórias vividas juntamente com o pai.

Leandro Santos, nº 17, 7º F

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