Quando começou a
primavera, eu e a minha cadela Tita decidimos ir passear no bosque ao pé da
minha aldeia, enquanto nos deliciávamos a ouvir o cantar dos pássaros e a
sentir o perfume das papoilas, rosas e margaridas que pairava no ar.
A Tita é uma cadela
muito esperta, fofa e muito boa caçadora. De repente, quando ouviu um som de um
coelho a fugir, desatou a correr atrás dele com uma fúria tremenda. Correu,
correu, correu até que, momentos depois, a vi deitada à sombra de uma árvore
com o coelho na boca. Mais adiante, ouvimos um som de uma cascata, e fomos vê-la
de mais perto. Realmente era de uma beleza magnífica que eu jamais tinha visto,
e o mais espantoso é que o reflexo do sol nas gotas de água fazia um lindo
arco-íris de várias cores. Entretanto, não tinha dado por nada, e a Tita já
estava a chapinhar na água. Foi a maior descoberta que já tinha feito e podia
estar horas a olhar para aquela paisagem que não me cansava.
Ao cair da tarde,
fomos para casa contentes por termos encontrado uma linda maravilha, e quando
chegámos, contei ao meu pai e à minha mãe o que tinha descoberto, e a partir
desse dia, passámos a fazer todos os fins de semana um piquenique.
Manuel Garruço, nº 20, 7º F
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