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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ana Amorim


Uma pequena explicação sobre a minha presença na escola
A Liga Portuguesa Contra o Cancro – Núcleo Regional do Centro (LPCC-NRC) em colaboração com a Direção Regional de Educação do Centro, está a desenvolver um projeto de Formação e Educação, que se traduz em ações de formação dedicadas ao tema Cancro: Sensibilização e Prevenção, dirigidas a professores do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário das escolas da Zona Centro. Com esta iniciativa pretende habilitar os professores a abordar a temática do cancro em contexto escolar, apoiando, deste modo, a construção de escolas promotoras da saúde
Frequentei o Curso de Formação de Professores em Oncologia “Cancro: Sensibilização e Prevenção”, que decorreu no dia 12 de Outubro de 2011 na Escola Secundária de José Estêvão, em Aveiro.
Embora esteja reformada desde Agosto, continuo ligada ao Projecto de Educação para a Saúde do Agrupamento e a colaborar no Gabinete de informação e apoio ao aluno e acredito que a prevenção da doença oncológica deve começar numa idade precoce e manter-se ao longo de toda a idade escolar. Devemos atuar ao nível da promoção da saúde e na defesa de estilos de vida saudáveis.
Educação para a Saúde sobre Cancro nas Escolas – porquê?
O cancro é a segunda principal causa de morte nos países desenvolvidos e encontra-se entre as três principais causas de morte nos países em vias de desenvolvimento. A sua incidência continua a aumentar de ano para ano, particularmente nos países em vias de desenvolvimento, sendo que, pelo menos, cerca de 7 milhões de pessoas morrem de cancro anualmente. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 40% de todos os cancros podem ser prevenidos e outros podem ser detetados numa fase precoce do seu desenvolvimento, tratados e curados. Neste sentido, torna-se necessário aplicar o conhecimento existente e implementar ações no âmbito do seu controlo, por forma a tornar realidade esta verdade.
As áreas de promoção da saúde e da prevenção da doença oncológica são, portanto, consideradas prioritárias, pelo que, é dada especial atenção aos esforços de educação para a saúde e, neste contexto, às iniciativas coletivas capazes de facilitar as opções individuais por estilos de vida mais saudáveis.
Embora o campo de ação da Educação para a Saúde seja toda a comunidade, considera-se primordial que seja junto dos alunos que esta ação mais se faça sentir. Neste contexto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a construção de escolas promotoras da saúde como o modelo atual mais válido para promover a saúde e a educação para a saúde dos alunos.
Os esforços de prevenção do cancro deverão, assim, começar numa idade precoce e manter-se ao longo de toda a idade escolar, integrando o ensino básico, secundário e universitário. O Plano Nacional de Prevenção e Controlo das Doenças Oncológicas 2007-2010 (PNPCDO 2007-2010) refere mesmo que o ensino deve ser encarado genericamente como uma oportunidade de educação para a saúde, tanto nos seus diferentes ciclos como no que o caracteriza enquanto processo conducente a títulos ou habilitações. Deste modo, valoriza um ensino que, desde as fases iniciais, se preocupe com a promoção da saúde, a compreensão das vantagens dos estilos de vida saudáveis e a aprendizagem entre pares.


Ana Amorim, Professora  

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