Era uma vez uma menina que se chamava Rita. Ela vivia numa casa branca perto do mar, com janelas pequenas sempre manchadas de salitre mas, apesar de tudo, era uma casa engraçada, porque as madeiras das janelas e das portas eram da cor azul do mar.
A Rita costumava ajudar a avó, já reformada, a limpar as janelas daquela pequena mas acolhedora casa. Entretanto, certo dia, ficou farta de o fazer, porque achou que aquele trabalho já não estava na moda. Ainda para mais que as amigas da escola estavam sempre a gozar com ela, razão pela qual um dia se zangou com elas. E, nesse mesmo dia, foi para um canto do corredor da escola chorar, porque nunca se tinha zangado com as amigas.
Quando chegou a casa, decidiu contar tudo à avó. Esta, por sua vez, contou-lhe uma história que se tinha passado precisamente com ela e a Rita ouviu-a com muita atenção. Então, a avó contou-lhe que, quando era jovem como ela, também costumava ajudar a sua avó, bisavó da Rita, a fazer alguns trabalhos domésticos e quando ia para a escola, as colegas de turma também gozavam com ela. No entanto, ela não se pôs a chorar. Pelo contrário, teve uma conversa séria com elas, dizendo-lhes que não era vergonha nenhuma ajudar a sua avó que, já com muitas dificuldades, fazia as lides de casa, e era preferível ajudá-la do que andar a vaguear pelas ruas sem fazer nada.
A Rita, depois de ter ouvido as palavras da avozinha, no dia seguinte foi falar com as colegas e teve a mesma atitude que a avó tivera. Sendo assim, enfrentou-as e disse-lhes que era preferível ajudar a sua querida avó, uma pessoa já idosa, do que andar a fazer disparates e esse gesto de carinho para com ela não deveria de maneira nenhuma ser alvo de gozo. Pelo contrário, era uma atitude digna e louvável.
E foi a partir desse dia que a Rita aprendeu a nunca mais se deixar ir abaixo com os comentários banais das colegas e a fazer o que achava que estava certo, seguindo os conselhos da voz da experiência.
Alexandra Natividade, nº 1, 7º A1
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