Nicolau foi uma criança criada de maneira diferente, pois nasceu e cresceu numa enorme fábrica, cheia de brinquedos e com muitas criaturas pequenas, que traziam nas suas cabecitas um carapuço com uma campainha.
Seu pai era um homem muito grande e gordo, com uma barba muito comprida e branca. Sua mãe era uma senhora simpática e encantadora e tinha os cabelos compridos, loiros e sedosos.
Ao lado da casa de Nicolau, havia uma pequena casa, soalheira e acolhedora. Nela habitavam umas fofinhas renas com as hastes enfeitadas com várias luzinhas que piscavam como pequenos pirilampos. Mas, no meio de tantas renas, havia uma que se destacava, pelo seu nariz vermelhinho. A essa rena, Nicolau chamou-lhe Rodolfo.
Ora, os anos foram passando e um dia, o pai de Nicolau confiou--lhe uma grande responsabilidade: ser ele o Pai Natal.
Nicolau ficou feliz, mas ao mesmo tempo ansioso. Afinal, nunca tinha empenhado um cargo tão importante!
Aquele ano foi o ano mais atarefado da sua vida. Eram os presentes para todas as famílias, as renas, o trenó, o vestuário, …
E, naquele dia, provavelmente o dia mais importante da sua vida, ele andava de um lado para o outro sem parar.
Eis, então, que saltou para o trenó e, naquele preciso momento, sentiu um grande aperto no coração. Com coragem, comandou as renas, e voaram, voaram, até que chegaram a uma casa. As renas poisaram no telhado e o nosso Nicolau não sabia o que fazer. Seu pai contara-lhe que se entrava pela chaminé. Para tal, teria que estalar os dedos e, num abrir e fechar de olhos, estaria dentro da casa. Nicolau, então, lá estalou os dedos, mas… nada! E voltou a estalar, mas as coisas continuavam na mesma, até que desistiu.
Rodolfo, que era muito esperto e experiente, pegou num floco de neve e deu a Nicolau, que olhou para ele meio confuso, sem saber o que dizer. Contudo, logo a seguir, apertou a mão, fechou os olhos e com a outra mão, estalou os dedos. Assim que abriu os olhos, qual não foi o seu espanto ao verificar que estava dentro de uma casa, onde havia uma linda Árvore de Natal, um Presépio e em cima de uma pequena mesa, encontrava-se um copo com leite e um pratinho com umas cinco bolachas. Nicolau lembrou-se que o seu pai lhe tinha dito que, normalmente, as pessoas deixavam em cima de uma mesa ou em cima da chaminé um pequeno lanchinho. Nicolau, que estava cheio de fome, devorou logo tudo, como se fosse um furacão. Depois de se ter deliciado com aquele manjar, poisou os presentes da Maria, do João, do António e da Joana, e foi-se embora, para acabar de entregar os presentes.
Terminada a sua função, Nicolau relatou esta viagem encantadora ao pai e estava tão feliz!
Aquela noite tinha sido, de facto, a melhor noite para o nosso querido Pai Natal.
Adriana e Patrícia, 7º B3
Sem comentários:
Enviar um comentário