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quarta-feira, 23 de abril de 2014

O faroleiro

 Chamo-me Joaquim e sou o faroleiro cá da minha zona. Vivo numa cidade situada no litoral e trabalho e vivo num velho farol que nela existe.
Ninguém me dá atenção, porque sou um pobre homem solitário. E, na verdade, para mim é como se estivesse sozinho neste mundo, pois não tenho aqui a minha família.
Sou tímido, não gosto de ir muito à rua, não falo quase com ninguém e, de facto, gosto de estar só... Infelizmente, toda a gente me olha de lado.
O Presidente da Câmara da minha cidade, por sua vez, é muito adorado, e todos de cá o conhecem e admiram-no muito.
    Certo dia, o Presidente decidiu ir fazer uma viagem a uma ilha perto da cidade e chamou os seus homens para irem com ele de barco. E foi isso que aconteceu. No dia seguinte, lá foi o Presidente juntamente com os seus homens navegar no mar em direção àquela ilha, tendo partido no fim da tarde. Entretanto,  no dia em que eles iam voltar, não esperavam de maneira nenhuma que à noite surgisse uma terrível tempestade, mais parecia um furacão a passar por ali. Na verdade, a tempestade era tão forte que o barco já estava a partir-se ao meio, no preciso momento em que estavam mesmo prestes a chegar, só que o barco não se aguentava mais e aqueles pobres homens corriam o risco de morrer.
    Foi nesse mesmo instante que eu comecei a ouvir  gritos de homens vindos lá de fora do farol e decidi ver o que se estava realmente a passar. Quando vi lá o Presidente e os seus homens aflitos, tive a preocupação de chamar logo a polícia marítima para os ir socorrer.
    Assim que lá chegaram, constataram que felizmente ainda estavam todos vivos e levaram-nos embora dali.
    No dia seguinte, eu tive uma visita inesperada do Presidente, a quem eu disse:
    - Boa tarde, Sr. Presidente, que vos trazeis aqui?
    - Vim agradecer-lhe imenso por me ter salvado a vida. Se não fosse o senhor  nem sei o que me teria acontecido.
    - Ora essa, Sr. Presidente, é um dever meu salvar o presidente da nossa cidade!
    A partir desse dia, eu fiquei a ser conhecido por quase todos os habitantes da cidade e comecei a ser tratado com dignidade e respeito como todas as outras pessoas! 



Chelsia Atibo, nº 10, 8º E

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