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sexta-feira, 25 de abril de 2014

25 de Abril, Dia da Liberdade

Liberdade, liberdade… o que significa afinal liberdade? Pode ser apenas a de pensamento! Sim, porque atualmente somos livres de pensar… Se bem que, nem sempre, foi assim…
E se voltássemos atrás no tempo, para perceber melhor este conceito? Nunca se lembra a Revolução de abril sem antes pensarmos no que foi necessário para que tal acontecesse. Temos de falar na PIDE, no governo de Salazar, na emigração, na política.
Mas que tempos foram esses? Tempos de silêncio? Talvez…
Durante a política de Salazar, uma pessoa não tinha, simplesmente, liberdade de expressão. Atualmente, e na nossa geração, é difícil acreditar que já se viveu um período de tempo tão duro. Eu não sei como foi, mas li um pouco sobre o 25 de abril e ouvi quem o viveu. Certamente, também eu me teria revoltado. Sem liberdade de expressão?!
Ou falando da censura, o famoso “lápis azul” (sim azul, porque o vermelho significava comunismo). Como seria ter um livro pertencente à lista da censura?!
A emigração… talvez uma das escolhas mais acertadas, não um ato de cobardia, talvez antes um ato de coragem…
Coragem essa pois, quem ia, queria voltar, e voltou mesmo. Voltou para revolucionar, apresentar argumentos suficientes para contrapor o estado horrendo antes vivido.
Salazar, quem foi este homem? Que tipo de personalidade tinha? Amado por uns e odiado por outros. Se calhar esse ódio não era imensamente profundo, provavelmente era mais pelas decisões que tomava em relação ao país e não para consigo próprio. Salazar criou a PIDE (Polícia Internacional de Defesa do Estado) para poder controlar tudo o que era dito e feito pelo povo.
Isto tudo deixa-me a pensar porque é que o “lápis azul” censurava apenas livros e revistas. Porque não censurava a ação da própria PIDE?
Não me considero revolucionária, pois sei que o mundo, sozinha, não consigo mudar.
Durante essa época, noutros países, defendia-se a igualdade para que não existissem diferenças dentro da sociedade. Na França criaram um movimento de Igualdade, Liberdade e Fraternidade.
 
Durante essa época foi posta à prova a coragem, a força, a esperança num novo amanhã e a confiança e entreajuda do povo. Uma frase que retrata bem a opção feita pelo povo é “A união faz a força.”
Não vou adjetivar o povo português, mas admito que Portugal não é grande “fã” de guerras e violência, até porque as recentes manifestações foram todas feitas de um modo calmo, as chamadas “Manifestações Pacíficas”.
Uma pessoa manifesta-se porquê? Não concorda com algo? Se assim fosse também eu me manifestaria sempre que tivesse de ir dormir às 21horas!
Não!
Vamos ser racionais! Talvez uma manifestação seja bem mais do que isso. Uma manifestação é feita para provocar uma mudança, ou pelo menos tentar.
Foi mais ou menos isso o que se passou no 25 de abril de 1974, uma revolução que mudou o estado em que se encontrava o país. As pessoas que o viveram afirmam que não foi propriamente fácil. Aliás, uma mudança nunca é fácil!
Bom, acho que podemos concluir que se falamos, escrevemos, discutimos, debatemos muitos e diversificados assuntos é graças a um magnífico esforço por parte da população que se revelou simplesmente.
Até me faltam as palavras para descrever tamanha atitude da população de tão magnífica que foi, de tão revolucionária que foi, de tão cheia de significado que foi!




Beatriz Agante, nº 9, 8º E / O Ciclista

Nota:

Imagem retirada da Internet.

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