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domingo, 8 de abril de 2012

Mensagem de Páscoa


Prestes a iniciar a última etapa deste ano letivo, temos consciência do cansaço e das dificuldades sentidas por todos nesta fase de mudanças, incertezas e adversidades.
Cientes do imenso trabalho com que diariamente somos confrontados bem como do acréscimo de horas e de serviço, nomeadamente burocrático, temos de apelar ao espírito de luta guerreira, que corre nas nossas veias lusitanas e sem o qual seria impossível fazer face a este conturbado tempo de instabilidade.
As mudanças abismais ultimamente vivenciadas ultrapassam o nosso poder de as assimilar. Mudanças que afetaram a vida dos cidadãos, mas que no caso da educação têm atingido todos os envolvidos, desde os alunos, aos professores, assistentes operacionais, técnicos e até mesmo os próprios pais / encarregados de educação. Mas, apesar de Henry S. Commager, historiador norte americano, referir que a “mudança não assegura necessariamente progresso, mas o progresso implacavelmente requer mudança”, todos nós, alunos e professores, vemos o nosso dia a dia escolar sofrer alterações na dinâmica organizacional, nos currículos e até na forma como é encarada a (in)disciplina e a sucessão de novas informações que emergem a um ritmo de tal modo alucinante, que alteram muitas vezes de forma substancial as circunstâncias, tornando impossível a resolução dos problemas com as mesmas soluções anteriores vigentes.
Na verdade, muitos discentes e até pais encaram o percurso académico obrigatório como uma maneira de passar o tempo. Contudo, há felizmente todos aqueles alunos ávidos de saber, que veem a escola como construtora da sua aprendizagem, como um apoio e um trampolim para adquirirem as competências necessárias ao seu ingresso na vida ativa. Estes são aqueles que nos dão a nós, docentes, o ânimo necessário para nos manter ensoberbecidos pela transmissão de conhecimento e pela arte de ensinar.
No entanto, mesmo com aqueles que acham que a escola é desnecessária, “a esperança é sempre a última a morrer” e por parte dos docentes surge a persistência e um árduo trabalho em fazer frente à situação, tendo em vista neles uma possível transformação alicerçada em valores como a responsabilidade, o espírito de entreajuda e o respeito pelos outros. 
E, relembrando que o tempo pascal é um tempo de conversão, isto é, de mudança de vida tendo por base a reflexão, finalizo esta minha mensagem desejando a todos os sinceros votos de uma Páscoa muito feliz!

Elói Gomes, Diretor do AEA 

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