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domingo, 11 de março de 2012

Cartas!


Infelizmente, nos dias de hoje, os nossos jovens deixaram de escrever cartas. Alguns até nem nunca escreveram uma carta a um familiar ou a um amigo. Como tal, nas aulas de Língua Portuguesa de 7ºano, os alunos relembraram a estrutura da carta, quer formal quer informal, e foi-lhes pedido que escrevessem uma carta de carácter informal a alguém ou a algum elemento da natureza que admirassem muito.
Sendo assim, segue-se uma pequena amostra do trabalho realizado.

Sara Castela, O Ciclista / Professora de língua Portuguesa


Anadia, 21 de janeiro de 2012.

Exmo. Sr. Gandhi,

Escrevo-lhe esta carta, porque gostava de o ter conhecido pessoalmente.
Sempre que leio algo sobre si, cada vez o admiro mais.
Gostava de conseguir seguir os seus princípios, porque tenho a certeza que com eles geraria à minha volta uma onda de paz, amizade e fraternidade.
Pregar a não-violência como forma de luta e conseguir tudo o que conseguiu através das suas palavras e atitudes, só realmente de um grande homem!
Na verdade, como foi possível conseguir que milhares de pessoas andassem mais de trezentos e vinte quilómetros a pé em direção ao mar, para protestar contra os impostos sobre o sal?! É de louvar! Ou, quando em 1922, organizou uma greve contra o aumento de impostos, na qual uma multidão queimou um posto policial, e foi o senhor que se declarou culpado e acabou por ser condenado a seis anos de prisão. Ou ainda conseguir a independência da Índia do domínio britânico, o qual durou mais de duzentos anos, apenas com as suas palavras e atitudes.
Gostava que fosse possível a sua vinda à nossa escola, para que todos os alunos tivessem conhecimento dos seus ideais. Porém, isto é impossível, pois deixou de fazer parte deste nosso mundo terreno no dia 30 de janeiro de 1948, quando foi brutalmente assassinado por um hindu.
Certamente, iríamos ouvir “A não-violência não pode ser definida como um método passivo ou inativo. É um movimento bem mais ativo que outros que exigem o uso das armas. A verdade e a não-violência são, talvez, as forças mais ativas de que o mundo dispõe.”
Este e outros conselhos iriam, com certeza, mudar o nosso comportamento e a nossa escola ficaria muito melhor. 

Com os meus melhores cumprimentos,
João Rocha


João Rocha, 7º F

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