Infelizmente,
nos dias de hoje, os nossos jovens deixaram de escrever cartas. Alguns até nem
nunca escreveram uma carta a um familiar ou a um amigo. Como tal, nas aulas de
Língua Portuguesa de 7ºano, os alunos relembraram a estrutura da carta, quer
formal quer informal, e foi-lhes pedido que escrevessem uma carta de carácter
informal a alguém ou a algum elemento da natureza que admirassem muito.
Sendo
assim, segue-se uma pequena amostra do trabalho realizado.
Sara Castela, O Ciclista / Professora de língua Portuguesa
Anadia, 21 de janeiro
de 2012.
Exmo. Sr. Gandhi,
Escrevo-lhe
esta carta, porque gostava de o ter conhecido pessoalmente.
Sempre
que leio algo sobre si, cada vez o admiro mais.
Gostava
de conseguir seguir os seus princípios, porque tenho a certeza que com eles
geraria à minha volta uma onda de paz, amizade e fraternidade.
Pregar a
não-violência como forma de luta e conseguir tudo o que conseguiu através das
suas palavras e atitudes, só realmente de um grande homem!
Na
verdade, como foi possível conseguir que milhares de pessoas andassem mais de
trezentos e vinte quilómetros a pé em direção ao mar, para protestar contra os
impostos sobre o sal?! É de louvar! Ou, quando em 1922, organizou uma greve
contra o aumento de impostos, na qual uma multidão queimou um posto policial, e
foi o senhor que se declarou culpado e acabou por ser condenado a seis anos de
prisão. Ou ainda conseguir a independência da Índia do domínio britânico, o
qual durou mais de duzentos anos, apenas com as suas palavras e atitudes.
Gostava que
fosse possível a sua vinda à nossa escola, para que todos os alunos tivessem
conhecimento dos seus ideais. Porém, isto é impossível, pois deixou de fazer
parte deste nosso mundo terreno no dia 30 de janeiro de 1948, quando foi
brutalmente assassinado por um hindu.
Certamente,
iríamos ouvir “A não-violência não pode ser definida como um método passivo ou
inativo. É um movimento bem mais ativo que outros que exigem o uso das armas. A
verdade e a não-violência são, talvez, as forças mais ativas de que o mundo
dispõe.”
Este e
outros conselhos iriam, com certeza, mudar o nosso comportamento e a nossa
escola ficaria muito melhor.
Com
os meus melhores cumprimentos,
João
Rocha
João Rocha, 7º F
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