Apresentamos, hoje e no próximo dia 29, duas composições sobre
o Auto da Barca do Inferno elaboradas pelo Daniel Bucher e pelo Miguel Pereira,
do 9º C, nas aulas de Língua Portuguesa.
Estes dois alunos decidiram presentear-nos com duas bem animadas "sátiras"
que não são mais que uma adaptação moderna feita ao auto de Gil Vicente do
julgamento das almas.
A Equipa d´O Ciclista
Cena I – Boss AC
(As falas desta personagem devem ser declamadas em versão rap)
Boss AC- Yo Satanás, meu rapaz, diz-me lá como estás.
Diabo – Ora excelentíssimo Boss Ac, vejo que estais interessado na minha vida. Entrai nesta barca, pois então.
Boss AC- Ei pessoal, esta até cheirou mal. Este gajo a “repar” é pior que um animal.
Diabo – Mas entrai, entrai que cá esclareceremos isso.
Boss AC- Digo não Satanás, que pensas de mim então? Pensas que eu fui cremado e que pedi um caixão. Pensas que eu sou maluco mas nessa barca não entro não. Há ali um outro que apoia a minha religião.
Diabo – E julgas tu ter lugar naquela barca quando toda a tua vida só pensaste em “repar”?
Boss AC- Calma aí, calmeirão, essa aí não pega não. Sabes que, com estas mãos, ajudei os meus irmãos. Deus iluminou a minha carreira e esteve sempre comigo quando fiz asneira.
Boss AC- Vejo que estás convicto de que naquela barca passarás mas ainda vais voltar aqui para o Satanás.
Diabo – Meu irmão, pois então, não penses nisso não. Preferia ficar estéril do que cair na tua mão.
Boss AC dirige-se à barca do Paraíso.
Boss AC- Yo Anjo, que tal estás, estou aqui e venho em paz.
Anjo – Vejo que sim, e pecados não terás?
Boss AC- Se tu representas Deus, sabes que nele pensei e pecados nesta vida, se tinha, lá os remediei.
Anjo – Vejo que estás a par da tua situação mas responde-me lá, a ajuda foi do coração?
Boss AC- Pois claro, pois então. Quando ouviste os meus beats, devias ter atenção.
Anjo – Tens razão, tens razão, mas responde-me a esta questão: quem ajudaste, precisava da tua mão?
Boss AC- Meu amigo, pois então. Não querias que ajudasse um ladrão.
Anjo – Visto que no teste passaste e uma vida pura levaste, deixo-te entrar com toda a satisfação.
Miguel Pereira, nº 21, 9º C
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