O Boletim Climatológico de 2011 produzido pelo Instituto de Meteorologia inclui,
para além da informação tradicionalmente apresentada em Boletins anteriores, uma
informação complementar inovadora, particularmente
ao nível do apuramento anual e mensal do número de dias com valores
significativos e de extremos absolutos de vários parâmetros meteorológicos:
precipitação, temperatura, vento, ondas de calor e de frio, e ainda informação
sobre o número de dias de geada, nevoeiro e trovoada.
O Ciclista dedica este seu artigo à transcrição do resumo deste Boletim
Climatológico Anual – 2011, produzido pelo IM:
Com uma temperatura média anual de
16º C, o ano de 2011, em Portugal Continental, foi o 6º mais quente dos últimos
80 anos e relativamente à temperatura máxima anual o valor de 21,76º C é o mais
elevado desde 1931.
Os meses que mais contribuíram para
o ano de 2011 ser um dos anos mais quentes em relação à temperatura máxima,
foram abril, outubro, maio, junho e setembro, que registaram anomalias em relação
a 1971-2000 de +4,90º C, +4,73º C, +3,91º C, +1,58º C e +1,22º C respetivamente. De realçar
ainda que os meses de maio e outubro foram os mais quentes desde 1931, em
relação ao valor da temperatura máxima do ar e abril foi o segundo mais quente
no que respeita às temperaturas média e máxima do ar, também desde 1931. Também
as temperaturas mínimas em abril e em maio estiveram muito acima do valor
normal. Nos restantes meses do ano as temperaturas foram próximas do normal não
ultrapassando anomalias de ±1,0º C.
É de salientar que nos últimos 18
anos a temperatura média anual foi sempre superior ao valor médio 71-2000, com
exceção de 2008.
Em 2011 ocorreram 5 ondas de calor
que se verificaram nos meses com maiores anomalias positivas da temperatura
máxima: uma onda de calor em abril, duas em maio e duas em outubro.
Em relação ao total de precipitação
anual, verifica-se que foi inferior ao valor normal 1971-2000, com uma anomalia
de - 136,6 mm. Durante o ano destacam-se os meses de novembro, o qual registou um
total mensal superior ao normal em + 48,9 mm e de dezembro com um total mensal muito
inferior ao normal (- 102,8 mm). Nos restantes meses do ano, os valores de
precipitação estiveram próximos dos valores normais, com desvios de
precipitação inferiores ou próximos de 20 mm.
Nos Arquipélagos da Madeira e dos
Açores os valores médios da temperatura do ar foram superiores ao valor médio
do período 1971-2000.
Quanto ao total de precipitação
anual, nos Açores os valores foram inferiores ao normal, exceto na Horta onde
foi muito superior. Na Madeira, enquanto no Funchal os valores foram inferiores
ao normal, em Porto Santo foram muito superiores, cerca de 170% em relação ao valor
normal.
A Equipa d´O
Ciclista
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