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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

#JeSuisCharlie

O atentado contra o jornal satírico Charlie Hebdo irá ficar gravado, sem dúvida, nas nossas memórias tal como na nossa história contemporânea.
Na verdade, o que aconteceu naquela redação foi uma perda desmensurada e creio que pode dar origem a uma ‘luta’ cultural.
O que mais me impressionou foi o ataque à liberdade de expressão e o facto de que, afinal, muitas pessoas não se apercebem daquilo que as rodeia e do caos que seria se não tivéssemos liberdade, tendo em conta os impactos negativos que tal situação poderia trazer.
Neste momento, as pessoas afirmam que o ambiente em França se tornou mau, consumido pelo medo. Por outro lado, asseveram que um ar de guerra paira no ar, tendo-se tornado em algo vazio e tomado por silêncios ‘pesados e barulhentos’.
Claro que um acontecimento com esta dimensão gerou várias opiniões acerca da atitude e reação dos jornalistas e cartoonistas, não só do jornal mas também de todo o mundo. Como facilmente se compreende, essas opiniões subdividem-se em apoios e oposições.
Quem apoia a reação destes defende a liberdade de expressão e respeita-a, ficando sempre comovido, porque se trata de um tema sensível. Por outro lado, quem se opõe a esta mesma reação critica e usa como ‘arma’ o facto de o jornal já ter sido ameaçado, dizendo mesmo que, por esse motivo, deviam ter parado.
Contudo, há alguns sentimentos em comum, nomeadamente o choque e a tristeza pelo acontecimento e um enorme apoio para continuarem.
A minha posição também é de apoio a todos estes jornalistas e até a posso fundamentar na frase que passo a citar, dita num dos vários discursos resultantes das críticas feitas ao jornal, “se imponho limites ou restrições à liberdade então deixo de ter a minha própria liberdade”.
 Muitas pessoas viram este acontecimento como o resultado das ‘ofensas’ feitas pelo jornal. Porém, a meu ver, os desenhos retratam críticas e não ‘ofensas’ e é, de facto, admirável todo o apoio que Charlie Hebdo recebeu um pouco por todo o mundo. 


Beatriz Agante de Almeida, O Ciclista

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