Endereço de correio eletrónico

ociclista@aeanadia.pt

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Uma luz ao fundo do túnel


Há uma luz, há sempre uma luz. Por vezes forte, por vezes quase oculta, mas nunca inexistente. Também para Carla havia uma luz ao fundo do túnel.
Carla era uma jovem que sempre fora criada no campo e habituada a viver humildemente. Os seus pais eram agricultores que, por vezes, tinham a sorte de trocar os seus produtos nas feiras mais próximas da aldeia onde moravam. Carla e os seus dois irmãos, César e Renato, acompanhavam os seus pais nas viagens à cidade e, apesar dos três apreciarem muito estas saídas, a jovem ficava deverás fascinada! Gostava de ver o movimento, a alegria, as carroças a andarem de um lado para o outro e, principalmente, adorava quando os grandes comerciantes passavam nas suas majestosas carroças com os seus produtos de luxo.
Desde cedo, ambicionava tornar-se também uma mercadora de luxo, mas infelizmente este sonho foi apagado pela morte do seu pai. A sua mãe deixou de ir à feira e a situação económica da família foi piorando.
Para tentar solucionar o problema da família, Renato, irmão mais velho de Carla, entrou em negócios ilegais e, para seu grande azar, foi descoberto pelo governo, sendo condenado a trinta anos de prisão.
Passando por esta crise económica, com o pai falecido, o irmão preso e com a sua mãe a entrar em depressão, Carla assumiu o comando da família bem como as responsabilidades de gerir o negócio.
O cenário da sua vida parecia não ter solução, mas foi o seu espírito lutador e a ambição de se tornar alguém que a levaram a ter uma vida melhor.
 Certo dia, surgiu a oportunidade de Carla ascender novamente. Através da realização de um concurso, ser-lhe-ia dado um lugar na feira do Porto, um mercado importante, onde iria vender verduras de alta qualidade. Seriam assim selecionados três tipos de verduras diferentes em cada aldeia e quem tivesse as melhores verduras, teria um lugar garantido na feira.
Quando soube desta oportunidade, ela atirou-se ao trabalho e trabalhou durante noite e dia, na sua horta até ao dia da escolha. A jovem sabia que produzia boas beterrabas, boas cenouras e batatas, mas tinha a certeza que possuía os melhores repolhos alguma vez provados! E esta certeza foi também aprovada pelos júris do concurso que deram o lugar na feira do Porto à Carla e à sua família.
  Devido à venda dos seus repolhos de qualidade, esta jovem tornou-se uma feirante de luxo como sempre desejara e possibilitou assim à sua família uma vida cheia de garantias.
A história de vida de Carla é apenas um exemplo de que, por maior que seja o nosso problema, devemos acreditar que melhores dias chegarão e principalmente, devemos abrir os olhos a todas as oportunidades e assim, um dia, havemos de ver a luz ao fundo do túnel.

Clara Loureiro, 8º C

Sem comentários:

Enviar um comentário