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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Dia Internacional para a Eliminação da Violência sobre a Mulher


25 de Novembro, um dia por todas as mulheres do mundo


Já data de há 12 anos, a celebração do dia 25 de Novembro como Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Foi em 1999, que as Nações Unidas (ONU) o consideraram, mas este já era um dia vivido pelo movimento internacional de mulheres. A data está relacionada com a homenagem a Tereza, Mirabal-Patrícia e Minerva, presas, torturadas e assassinadas em 1960, a mando do ditador da República Dominicana Rafael Trujillo.

Ao longo da História da humanidade a mulher tem sido vítima das mais diversas formas de violência.
Ao contrário do que se possa especular, a violência contra a mulher não é apenas o resultado de uma cultura da pobreza ou da baixa escolaridade. Muitos são os casos assinalados e conhecidos do público em geral, nas classes alta e média alta. A violência conhecida, e que é do conhecimento das autoridades, é insignificante face à dimensão do verdadeiro problema.
O poder que muitos homens tendem a exercer sobre as mulheres, particularmente no seio conjugal, influencia a saúde física e mental das mulheres sobre que recai, pois acendem o medo, a insegurança, o  terror que paralisa, a agitação e ansiedade próximas do pânico, ameaça constante de ataque, impotência, incapacidade de atuar, desespero, sensação de abandono, desvalorização social e mesmo pessoal, indolência extrema, constante depressão.
A violência pode ser a vários níveis: física, sexual, psicológica entre outras e exercer-se devido a diversos fatores, dos quais destacamos a racial, a subalternização, a tida no trabalho e a doméstica, decerto a mais usual.
A violência racial tem a ver com o estrato social (classes menos favorecidas), cor da pele e pobreza. 
A subalternização tem a sua origem na organização social, pois os homens sentem-se seres superiores e ditam normas de conduta para as mulheres, assim como julgam a aplicação correcta  dessas normas.
A violência no trabalho revela a ascensão que os patrões exercem sobre as funcionárias que estão ao ser serviço. Muitas vezes a violência deste caso tem a ver com a violência sexual.
A violência doméstica é aquela que de verifica na própria casa da mulher, sendo, sem dúvida, o lugar menos seguro para ela. Dados mundiais confirmam que o risco de agressão de uma mulher na sua própria casa casa, pelo marido, ex-marido ou companheiro, é nove vezes maior do que o de sofrer alguma violência na rua.
A violência física revela a crueza e profundidade do problema. Mas, a violência psicológica “deita abaixo” qualquer mulher, pela violência “calada” que comporta.
A violência sexual, nem sempre é fácil de declarar. A mulher, vítima de violência sexual, nem sempre consegue assumi-la, por motivos de vergonha e, também, de nem sempre ver resultados válidos.
As mulheres agredidas são, normalmente, menos produtivas. O absentismo ao trabalho também aumenta nas mulheres vítimas de agressões e, também, apresentam dificuldade de concentração e desenvolvem uma baixa auto-estima. Estão também mais propensas à depressão e ao «stress». O Banco Mundial estima em média que  um em cada cinco dias de absentismo do trabalho feminino, decorre da violência.
O problema da mulher vítima de violência carece de soluções e representa um enorme desafio para a sociedade atual, pois é um problema de todos e, muito particularmente da mulher e, consequentemente, do movimento feminista.
Esta luta tem de ser encetada pelas diversas fações da nossa sociedade.
De modo a contribuir para uma sociedade mais justa e que veja a mulher em pé de igualdade com os direitos do homem, é necessário educar a sociedade, para terminar com a ideia que a mulher é um ser inferior ao homem, o que acaba por gerar violência e levar a mulher a conquistar o seu lugar na sociedade e, consequentemente os seus direitos. O setor da saúde e da educação, apresentam, sem dúvida, um lugar de destaque na resolução do problema. Mas para tal urge qualificar e formar os profissionais destes dois setores.
A partir da década de setenta, do século passado, a luta das mulheres contra a discriminação, transformou a violência doméstica como um problema social. Contudo e infelizmente, este é um problema que se mantém nos dias de hoje e muitas mulheres continuam a ser vítimas de violência.

Fonte: Rede Feminista de Saúde e OCDE

Este dia celebra, também, o Dia Nacional do Empresário.

A Equipa d´ O Ciclista

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