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quarta-feira, 13 de abril de 2011

E assim começa a história…


         No tempo em que as galinhas tinham dentes, uma velhinha que vivia numa casa andante, estava preocupada com o marido. Este tinha ido para a guerra, no Iraque, há mais de quarenta anos.
Sem saber o que pensar, resolveu ir à procura da sua cara-metade. Com a sua casa andante foi para o Iraque onde procurou a marido por todo a lado, perguntando às pessoas mais velhas o que tinha acontecido, se tinham morrido muitas pessoas…
        No país vizinho, encontrou uma cigana que durante aqueles anos tinha conhecido muito bem o marido da velhinha, mas este tinha desaparecido como que por magia. A cigana tinha ouvido uns rumores de que ele estaria numa gruta, no deserto seco.
Como a cigana parecia de confiança, a velhinha perguntou se esta queria ajudá-la a encontrar o marido. A cigana lá aceitou e começaram a sua longa caminhada.
        Já no deserto, a cigana ouviu um barulho e parou. De repente, apareceu um canibal vindo de detrás de uma duna. A velhinha começou a correr, gritando:
        -Um canibal…! Ai as minhas cruzes, a minha idade já não me permite correr assim!
        A cigana, vendo a velha aflita, oferece-lhe um pó para esta correr ainda mais rápido. A velhinha bebeu-o e lá foi ela, a correr mais do que alguma vez conseguira. Como não via a cigana, a velhinha voltou para trás.
        Quando chegou perto dela, esta só se ria com o canibal, mas a velhinha não percebia porquê. O canibal tanto se ria que quase caiu no chão por não ter força nos joelhos.
De seguida, a cigana disse que o “canibal” na verdade era o seu marido – da velhinha -, mas disfarçado, e que este nunca conseguira ir para casa porque não tinha dinheiro. Os dois tinham esperado mais de quarenta anos que a velhinha decidisse ir à procura do marido.
A velhinha estava tão contente que deixou cair a placa dos dentes! Mas deu um grande beijo ao marido por todas as saudades que tivera.
De seguida, deu um abraço à cigana por a ter ajudado a reencontrar o marido e disse-lhe que nunca se iria esquecer dela!
CONTINUA…

Inês Rolo nº 15 7º A3

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