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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Dia da Terra - 22 de Abril

Um grito de dor ecoou por todo o sistema solar.
O Sol, rei do Sistema, reuniu todos os seus planetas para averiguar o sucedido e, quando estava para iniciar o consílio, viu que lhe faltava o Terceiro planeta, a Terra. Sentindo-se indignado, clamou no seu tom de voz vigoroso: - Terra!
Porém, não obteve resposta.
- Terra! - bradou uma segunda vez. Mas o silêncio manteve-se.
Vénus, com uma vozinha doce e quase inaudível, respondeu:
- Sol, ela não pode comparecer.
- Como é possível?! - vociferou, novamente, o astro-rei e virando-se directamente para Vénus, disse:
 - Ela não sabe que, quando eu chamo, é para comparecer. Como podemos saber quem gritou se o meu planeta inteligente não comparece?
- Sol, o grito foi dela. A Terra está doente! - retorquiu Vénus a medo.
- Então, o calor e a luz que lhe envio não são suficientes? - indagou. - Como pode estar doente? Ela que tudo tem? Água, ar, fogo, vida, …
- O Homem está a atacá-la, ó grande rei. – interromperam-no, em coro, os outros planetas.
- O Homem?! – contrapôs o Sol, com a sua voz de trovão. – Então, eu dei-lhes o meu melhor planeta, com mil e uma riquezas e eles, em vez de usufruírem saudavelmente dele, destroem-no?! Como é possível, com tantos seres que nele habitam, é o mais inteligente que lhe faz mal? Que o destrói? O que vamos nós fazer?
Uns clamaram a sua destruição, outros proferiram um forte castigo, mas uma vozinha doce disse a medo:
- Eles são uns seres bons. A sua ignorância levou-os a actos destruidores, mas eles são capazes de tratar a pobre irmã Terra!
O Sol e todos os outros voltaram-se para Vénus. Ela era tida como a amiguinha predilecta da Terra e boa conselheira do Sol. Começaram todos em grande alvoroço.
Mercúrio,planeta mais próximo do Sol, não queria entrar em conflito nem com o Sol nem com Vénus e preferiu manter-se neutro.
Vénus mantinha a sua posição.
Marte, o Deus da guerra, que sempre sentira muitos ciúmes de Vénus e da Terra por serem, segundo ele, os predilectos do Sol, continuou a clamar a sua destruição.
Júpiter, o maior planeta, que sempre admirara a Terra e nutria uma paixoneta por Vénus, decidiu apoiar a sua amada.
Saturno, o mais belo de todos os planetas, achava a Terra bela, inteligente e boa conselheira. Ele amava-a secretamente.
Úrano,planeta gigante, que não morria de amores nem por Vénus nem pela Terra, exigia a sua punição.

Neptuno, apesar de toda a sua imensidão e mesmo considerando a Terra um planeta minúsculo, concordou com Vénus, pois apesar da sua insignificância, reconhecia o valor da Terra para o equilíbrio do Sistema.
O Sol, após alguns instantes de reflexão, com todos os seus súbditos em alto, clamou:
- Muito bem, já que ninguém se entende, vamos a votos.
- Quem vota por darmos um voto de confiança à Terra e aos Homens que lhe pertencem?
- Dois votos contra. - contou o Sol. – Muito bem! A Terra está salva! Mas, Ela e muito particularmente os Homens têm de ter consciência dos problemas e da necessidade de iniciarem o tratamento da enfermidade da Terra. Têm que iniciar uma política de conservação e de protecção do ambiente, tornando a Terra mais limpa e saudável.
A mensageira foi Vénus, a amiga da Terra.
A Terra e os Homens concordaram.
Vamos todos contribuir para salvar o nosso habitat, o nosso lar!
O Ciclista associa-se à comemoração do Dia da Terra, embora este dia não seja reconhecido pela ONU.

Adriana e Sofia, 7º B3 / O Ciclista

1 comentário:

  1. Está muitíssimo bem. Eis uma maneira engraçada, recorrendo a factos reais e até à mitologia, para homenagear e salientar a importância deste Dia da Terra.

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