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sexta-feira, 6 de junho de 2014

Oportunidades perdidas

Certo dia, um rapaz cruzou-se com uma rapariga. Poder-se-iam considerar desconhecidos, uma vez que apenas se tinham visto uma ou duas vezes, mas algo de especial e inevitável aconteceu ali e nesse preciso momento.
O rapaz, cujo nome era Francisco, dirigiu-se a Leonor, perguntando-lhe como ela se chamava. Francisco era um rapaz bastante conhecido, digamos até popular, pois era procurado por mil e uma raparigas. Tinha um olhar fascinante, um sorriso encantador e uma maneira única de conquistar com um simples toque. Leonor, por sua vez, não passava de uma menina, três anos mais nova, que nunca tinha gostado de alguém, que não sabia o que era a vida e muito menos sabia dar valor ao que tinha. Para muitos, era uma menina simples, para outros, uma menina inocente.
Uma história, um novo capítulo na vida daqueles dois jovens teria começado ali. Muita coisa aconteceu desde o dia daquela simples pergunta, mas… avançando dois anos desde esse dia. Vamos, então, até ao dia doze de dezembro de 2012.
 O rapaz declarou-se mais uma vez à rapariga, mas desta vez abertamente, perante todos os que quisessem ver e ouvir. Leonor ficou sem reação. Para ela, ele estaria a ser patético. Afinal, eles eram apenas amigos. Sendo assim, não sabendo ela o que fazer, virou-lhe as costas, prometendo a si mesma que tudo teria acabado ali. Contudo, a verdade é que não acabou. Aliás, ainda mal tinha começado!
Entretanto, à medida que o tempo passava, a situação ora piorava ora melhorava. Depende do ponto de vista! Porém, muita coisa aconteceu, incluindo o inesperado e quando se pensava que não poderia acontecer mais nada de surpreendente, o pai de Francisco dirige-se a Leonor.
O sucedido ocorreu no dia um de março de 2014. Leonor e Francisco finalmente tinham conseguido estar juntos sem quaisquer problemas, sem receios de algo correr mal e não correu. À saída do local, lá estava o pai dele à espera para o levar para casa, quando viu que Leonor também estava presente, dirigiu-se a ela e exclamou: “ Estou feliz por finalmente ver o meu filho a teu lado! “. Ela mais uma vez virou as costas, ignorando tudo à sua volta. Naquele momento, Leonor teria tido a sua última oportunidade de ser realmente feliz.
Ao fim de praticamente quatro anos de história, pode dizer-se que chegou ao fim, uma vez que ambos decididamente seguiram caminhos diferentes, levando uma grande parte de cada um dentro de si. Leonor não dera valor ao que tinha e acabou por tudo perder. E foi precisamente a partir dessa perda que ela aprendeu a valorizar as pessoas ao seu redor, mas talvez já tardiamente.
É, pois, importante que valorizemos quem temos ao nosso lado. Devemos assim aproveitar as oportunidades como se cada uma delas fosse a última e afinal, talvez seja mesmo. E porque não amanhã? Amanhã pode ser tarde demais e “ Oportunidades perdidas não voltam somente porque nós nos arrependemos”.
 Hoje, passados sessenta anos, restam apenas as memórias e a saudade de quem já partiu. Francisco morreu há cerca de um mês. Hoje em dia, Leonor arrepende-se das coisas que fez e das que não fez, arrepende-se de não lhe ter dito o quanto o amava e o quanto ele era especial na sua vida, mas para ela sempre era tarde demais e a verdade é que agora é mesmo, pois ele já não está mais presente.
Então, se tiver de dizer alguma coisa, diga! Se sentir necessidade de abraçar alguém, abrace! Porque ninguém sabe o futuro. Hoje estamos cá, amanhã poderemos já não estar.

Maria Miranda e Nicole Santos, 8º F

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