Endereço de correio eletrónico

ociclista@aeanadia.pt

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Eu não sou diferente!


No dia 10 de dezembro, celebra-se o Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Esta declaração, publicada em 1948, é uma carta onde se afirma a preocupação internacional com a preservação dos direitos humanos e onde se define quais são esses mesmos direitos. Ela surgiu como um alerta à consciência humana contra as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial.
Com base nestas informações e com a leitura prévia desta declaração, eu decidi centrar a minha atenção num dos artigos e elaborar um pequeno texto acerca dele.

Eu não sou diferente!

Vicente era um rapaz jovem, com treze anos, e com uma vontade de viver enorme. No entanto, um problema impedia-o de fazer algumas atividades, consideradas normais. Vicente era paraplégico, um acidente de carro tê-lo-ia deixado assim. Contudo, a sua vontade de viver, a sua alegria e carisma sobressaiam.
Este jovem era um humano, pertencia à sociedade, e tinha de ser tratado como tal. Porém, pessoas designadas “ normais” não entendiam esse facto e tratavam-no como um bicho-de-mato, um monstro, alguém que não merecia sequer estar vivo. Claro que o pobre rapaz sofria com esta situação, sofria com o facto de parecer não pertencer a esta sociedade. Por outro lado, sentia-se injustiçado e envergonhado, e prometeu a si mesmo que um dia iria provar a todos aqueles, que o tinham rebaixado, que era uma pessoa normal, sem nenhuma limitação e que poderia fazer tudo bem, ou até melhor que eles.
Vicente prometeu assim ter as melhores notas, e esforçou-se para isso e, na verdade, quis isso mais que tudo, pois queria ser alguém na vida, queria mostrar que estava ali e que, embora com algumas diferenças, era um ser humano como todos os outros. Tinha os seus direitos e também, claro, os seus deveres. Não era nenhum “ coitadinho”, nenhum “ aleijado”, era só mais uma pessoa no mundo, e tinha de ser tratado como tal.
Alguns anos se passaram e Vicente conseguiu fazer jus à sua promessa, tirou o seu curso e hoje trabalha na ONU (Organização das Nações Unidas), onde todos os dias luta e tenta defender os direitos das pessoas, tentando com que a raça, a religião, a deficiência não sejam mais uma forma de discriminação, e que todos tenham os mesmos direitos.
Foi assim que Vicente mostrou a todos o quão importante é o 1º artigo da Declaração Universal dos Direitos do Homem:

“Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.”

Ana Patrícia Fernandes, O Ciclista

Sem comentários:

Enviar um comentário