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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Concorrente ao Género Narrativo - O farol

O farol

Nas férias passadas, eu, a minha família e alguns amigos fomos até à costa alentejana, sem destino.
Passamos Porto Covo, descemos até Vila Nova de Milfontes, e mais para Sul defrontamo-nos com uma praia pequena, protegida por arribas, que descobrimos ser a praia de Amoreira, que é perto de Aljezur.
Instalamo-nos numa casa de turismo rural, com vista, de um lado, para o mar e, do outro lado, para a Serra de Espinhaço de Cão.
- Ei! Vamos dar uma volta para conhecer esta zona? - perguntou o meu pai.
- Vamos! - declararam todos.
Deviam ser umas seis horas da tarde, ainda estava calor. Descobrimos várias vivendas, umas com carros à porta e outras com crianças a brincar.
PRAIA - indicava uma placa.
A Mariana perguntou-me:
- Vamos descer até à praia?
Então, descemos por um carreiro curto até ao areal.
- Eh pá! Que giro!-disse a Júlia. -As arribas protegem as arribas do vento.
- Podemos ficar aqui até à meia noite-disse eu.
- Que ruínas são aquelas?-disse o Emanuel.
O meu pai disse que, quando chegássemos lá cima, perguntávamos. Fizemos o caminho de regresso a casa e reparamos num desvio que parecia ir ter às ruínas.
- Que calor, ufa!!! E se fôssemos tomar qualquer coisa fresca ali – sugeriu a Júlia.
Ali era a mercearia/café da localidade.
Depois de estarmos sentados na esplanada e de estarmos a saborear as nossas bebidas fresquinhas, o meu pai perguntou:
- Pode informar-nos que ruínas são aquelas?
A dona Eulália, dona do estabelecimento e senhora de aspeto simpático, respondeu:
- São ruínas! Ruínas do Farol da Amoreira que os piratas espanhóis destruíram, mais tarde foi reconstruído e novamente destruído quando assassinaram o último rei de Portugal. D. Carlos. Isso está amaldiçoado!…
- Nunca ouvi falar!!! - falou a Mariana.
Nós, os mais novos, olhámos uns para os outros. Transmissão de pensamentos “Vamos à descoberta”.
No dia seguinte, fomos todos para a praia. Depois de uns mergulhos, eu e os meus amigos comunicamos ao resto do pessoal que íamos à descoberta.
Subimos pelo trilho e íamos verificando partes das ruínas espalhadas.
- Que paisagem bonita!- disse a Júlia, quando chegamos lá cima e avistamos a paisagem.
Todos nos assustamos, quando ouvimos gritos de uma criança vindos do farol. O meu pai interrogou:
-Será que aquilo que a dona Eulália disse é verdade?
Eu declarei:
- Vamos para casa! Já é noite!
-Só vou, se voltarmos amanhã.- disse a Mariana.
- Está bem! - disse a Júlia.
No dia seguinte, nós voltamos e, assim que nos aproximamos, umas portas antigas abriram-se.
- Entrem, queridos senhores. - disse a voz que parecia ser de uma criança.
O meu pai ia para entrar, mas a dona da mercearia disse:
- Não entre, se entrar, as portas fecham-se.
Num instante, chegaram as forças armadas (tropa e polícia) e entraram armados. Uma hora após investigações, mesmo estando trancados, encontraram esqueletos humanos - um deles pensam ser do rei D. Carlos.
Horas mais tarde, descobriram uma criança amarrada a uma cadeira com o assaltante a mandá-la dizer o que as pessoas ouviam. Essa criança estava desaparecida há meio ano. Conseguiram resgatá-la e prenderam o assaltante.
O meu pai, após saber onde moravam os pais da criança, perguntou:
- Oh! Senhor polícia, venho pedir-lhe para eu levar a menina a casa.
- Lamento imenso, mas só pode ir assinando um termo de responsabilidade. Mas nós vamos atrás do senhor.
Após o meu pai assinar o papel, levou a criança aos pais. Assim, ficou descoberto um dos mistérios do farol…

Rúben Dias, 7º B

Escola Básica nº 2 de Vilarinho do Bairro

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