Há muito, muito tempo, num reino distante, três corajosas e destemidas crianças viviam constantemente à procura de uma perigosa aventura ou então, de um empolgante mistério para desvendar.
Muitos eram os avisos para não se meterem em confusões, mas de pouco isso lhes valia. Pois para que é que serviria a vida, se não podiam explorá-la até aos seus limites?!
Certo dia, ouviram um rumor de que para lá da densa floresta, que rodeava o reino, existia um terrível monstro que atacava todas as pessoas que por lá passavam, não deixando uma única regressar para a segurança do reino.
“Um monstro”, pensaram, “ia ser tão emocionante, se o pudéssemos ver…” Dito isto, as três crianças partiram com a esperança de poderem ver o monstro, mesmo que fosse apenas de longe.
Ao passarem aquela sombria e húmida floresta, deram conta de que não havia qualquer monstro naquelas redondezas. Ficaram desiludidos. Contudo, decidiram que não iriam regressar de imediato a casa. Já que naquele local, sempre poderiam ter algo para descobrir. E lá foram eles.
Então, ao fundo, depois de um grande círculo vazio manchado de um vermelho sangrento, que os deixou um pouco desconfortáveis, encontraram uma casa. Estavam assim para se dirigirem a ela, quando de repente viram vários homens a saírem de lá com uns trajes esquisitos e proferindo uma espécie de palavras numa linguagem, para eles, incompreensível.
Já tinha anoitecido, razão pela qual decidiram esconder-se e ficaram por ali a observar. Aí viram que se tratava de um horrendo ritual de magia negra, onde eram sacrificadas pessoas em nome de Satanás e os chefes máximos do ritual, por sua vez, deliciavam-se a ver aquelas pobres pessoas a serem sacrificadas, enquanto iam saboreando desumanamente o seu sangue.
Aterrorizados com a grande e terrífica descoberta, as crianças fugiram para casa, jurando para si mesmas de que nunca mais se meteriam em aventuras e jamais se pronunciariam sobre o que haviam visto.
Daniela Félix, nº 4, 9º F
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