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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Relações

É um facto bem visível que a amizade e a confiança apresentam muitas semelhanças. Geralmente andam sempre entrelaçadas, pois não há amizade verdadeira sem confiança nem verdadeiramente confiança sem amizade.
Os sentimentos e as pessoas têm algo em comum: a mudança. Nem todas as amizades ou relacionamentos duram para sempre. Para sempre é muito tempo, mas não é razão para dizer que a vida é muito curta, uma vez que o nosso tempo de vida é muito curto e de facto, o nosso tempo de vida será o único que estaremos aptos a viver.
Durante esse tempo, conhecemos pessoas, criamos ligações. Tornamo-nos pontos dependentes de linhas. Essas ligações são, nada mais, nada menos, que um enlace ou um cruzamento de linhas. Por sua vez, estas linhas, estes fios podem ser fortes e suportar os anos e guardar histórias ou então fracas e às quais basta um sopro para se separarem, para se partirem, para desaparecerem. É assim que eu vejo as relações de amizade, de confiança, de ambas ou de outras.
Atualmente, estas relações já não são fios sólidos. A maioria depende de imagens, de um ecrã e de um teclado. Fios assim quebram-se a toda a hora e o porquê é bastante simples: relações como essas consistem em fios transparentes. Como se pode amar, manter ou cuidar de algo que não existe concretamente, sendo de fios transparentes?
Em conclusão, a amizade, a confiança e outros valores preciosos no ser humano desapareceram há muito. Desde que a imagem passou a valer mais que a palavra e a personalidade menos do que a pessoa…

Beatriz Agante de Almeida, nº 7, 9º E

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