Endereço de correio eletrónico

ociclista@aeanadia.pt

sábado, 1 de dezembro de 2012

Dia Mundial da SIDA


O Ciclista não poderia deixar passar esta efeméride sem publicar alguns dos sentidos trabalhos que alguns dos nossos alunos quiseram partilhar connosco. Assim, dada a sua extensão, faremos a sua apresentação durante o dia de hoje e de amanhã. Brevemente iremos publicar a reportagem fotográfica que iremos fazer da exposição que vai estar patente no polivalente da Escola Básica nº 2 de Anadia.

Graça Matos, O Ciclista


Não queiras viver num mundo oco


O rapaz, de que hoje vos vamos falar, tinha apenas catorze anos e, desde o dia que veio ao mundo, descobriu-se que era portador do vírus da Sida, transmitido pela mãe que se encontrava infetada, no momento em que engravidou.
Sim! Porque, se uma mãe estiver infetada pelo VIH, poderá transmitir a infeção ao bebé, durante a gravidez, através do seu próprio sangue.
Este rapaz, como dissemos há pouco, era ainda muito jovem e, desde sempre, que foi vítima de gozo e agressão por parte dos colegas, sendo até discriminado psicologicamente pelos professores e tudo isto, por ter uma doença grave, crónica, que não tem cura, mas que também não se transmite com um simples toque.
Os colegas de escola, os poucos amigos e até desconhecidos, por incrível que pareça, não se apercebiam nem viam o quanto ele sofria. Ele e todas aquelas crianças infetadas pelo VIH não têm ainda uma noção básica do que é esta doença, mas com a quantidade de informação que é disponibilizada hoje em dia, já tiveram tempo suficiente para se mentalizarem de que quem sofre não são aqueles que os rodeiam, mas sim eles próprios que tentam de tudo, todos os dias, para serem aceites na sociedade.
 Este jovem, de que vos estamos a falar, mudou várias vezes de escola e em nenhuma delas foi bem aceite. Consideramos assim que as pessoas, hoje em dia, são más, arrogantes, insensíveis e criticam tudo e todos, mas esta é a sociedade que temos e o mundo em que vivemos, onde ainda há muito para fazer.
Ora, vítima de tanto sofrimento, de tanta chacota, de tanta discriminação e insensibilidade por parte das pessoas, ele não aguentou! E precisamente na véspera do seu aniversário, quando os seus pais chegaram a casa, chamaram por ele, mas tudo o que ouviam era apenas um silêncio assustador, um pouco estranho. Rapidamente, subiram ao seu quarto, mas já era tarde demais…
Com esta triste história, esperamos ter-vos feito perceber que, independentemente da doença, estas pessoas são como nós e como tal, querem ter uma vida normal e pessoas que os possam ajudar e não rejeitar.
Beatriz Martins, nº 5 e Maria Carlota, nº 18, 9º C

  


Nenhum de nós tem o direito de discriminar! 

  Desde pequena que todos os dias ouço dizer: "A Sida é uma doença muito grave! Quando fores maior, tens de ter cuidado!..."
  Pois bem! Agora já sou maior e já sei o que é a Sida, como se apanha e por que razão tenho de ter cuidado.
  Sim, esta doença é gravíssima e para ela, ainda não há cura, ou seja, esta doença é mortífera! Claro que há prevenções, como o uso de preservativos, mas a proteção nunca é 100%. eficaz. Infelizmente, esta doença não irá passar e temos de viver com esta realidade para toda a vida.
  Entretanto, há sempre aqueles que se acham "inteligentes" e pensam que uma doença como esta é motivo suficiente para discriminar, pôr de parte todos aqueles que são vítimas do VIH e então, acham que podem fazer tudo o que lhes apetece com o único objetivo de os maltratar e sendo assim, estes acabam ainda por ser vítimas de bullying.
  Se tenho compaixão de quem é vítima desta doença? Acho que sim, porque só o facto de ter esta doença já deve ser extremamente doloroso e ser discriminado, quando lhes resta pouco tempo de vida, é tirar-lhes o tempo que ainda lhes resta para viver, é tirar-lhes os últimos momentos que têm e que deviam viver tenuemente felizes.
  Considero assim que nenhum de nós tem o direito de discriminar seja quem for e muito menos aqueles que são portadores do vírus da Sida, pois estes merecem de todos nós o respeito!

Patrícia Figueiredo, nº17, 8º C

Sem comentários:

Enviar um comentário