Pedro e João, irmãos inseparáveis desde a infância, sentaram-se certa noite num dos bancos junto à árvore maior do jardim de sua casa.
Após algum debate de ideias, João sugeriu imaginarem uma viagem sem destino. Pedro, que não gostara muito da ideia, decidiu acrescentar uma regra: teriam de pintar a sua viagem e tinham obrigatoriamente de começar num farol, acompanhados por um suricata. O irmão mais velho aceitou, pois queria divertir-se.
Do nada, os irmãos começaram a pintar as suas ideias. Apareceu assim na tela uma cidade com um arranha-céus, no qual estavam no topo. O suricata, eufórico, começou aos pulos, o que deu confiança ao João para se sentir à vontade e perder o seu medo das alturas. De seguida, Pedro molhou o pincel no verde e fez um rabisco. O suricata tinha sido desenhado no seu ombro pelo irmão. Momentos depois, João percebeu que Pedro desenhara um vale, uma vez que se conseguia ver água no fundo e lá mesmo no fundo, encontrava-se uma enorme árvore. João decidiu desenhá-la ao pormenor, mas com a condição de que Pedro e o seu suricata não vissem.
Passado algum tempo, o irmão decidiu olhar para a tela, porém, para sua surpresa, viu o irmão com o rio do vale por detrás. Ainda conseguiu falar com ele, mas sentia-se sozinho, pois João jamais voltaria de lá. Na verdade, sempre quisera ser biólogo, contudo nunca teve a coragem de se despedir do seu irmão.
Alexandra Ferreira, 9º E
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