Coimbra, 6 de Janeiro de 1355.
Meu amado D. Pedro,
Pressinto que a minha partida está para mui breve e antes que deixe este mundo, queria mais uma vez confessar-te, meu amor, o quanto te amo e que na verdade nunca te deixarei de amar.
Peço-te que cuides dos nossos belíssimos filhos, fruto do nosso amor. De facto, gostaria de estar presente, quando eles se casarem, mas não posso fugir ao meu destino.
Amanhã, irei falar com o teu pai, o Rei D. Afonso IV. Irei pedir-lhe que tenha misericórdia de mim e que me mande para o exílio, para que possas cumprir os teus deveres como príncipe e futuro Rei de Portugal.
Se amanhã não for bem sucedida, pois o povo está a pressionar o teu pai para que eu desapareça, quero que tu, meu amor, saibas que mesmo que amanhã o teu pai ceda à pressão do povo, eu irei amar-te para todo o sempre e quero que entendas a posição do teu querido pai.
Nem esta carta, nem todas as palavras do mundo servirão para expressar o amor que sinto por ti. Não me vou despedir, pois nós ver-nos-emos lá em cima e aí sim, aí ninguém nos poderá separar e estaremos juntos para sempre.
Com todo o meu amor e carinho,
Noémi Marques Loureiro, nº 16, 9º F
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