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quarta-feira, 23 de junho de 2010

UM SER ESPECIAL

Os animais criam com o ser humano um laço muito forte, porque o que eles procuram em nós não é o interesse de sermos ricos ou pobres, se temos uma vivenda ou uma humilde casa, se temos um carro novo ou um em segunda mão. O que eles procuram em nós é atenção, amor, carinho. Eles não estão connosco por interesse como acontece, infelizmente, com as pessoas.
Os animais também têm sentimentos e muitas pessoas não entendem isso. Sendo assim, quando os abandonam, eles sofrem e sentem que aquela figura humana que os criou, como se fossem seus progenitores, os traiu.
Eu jamais faria isso à minha gata. Eu adoro-a e ela também me adora. Muitas vezes, ela fica a olhar para mim, com aqueles olhinhos azuis e, dentro deles, eu percebo o que ela quer. Ela não fala, não chora, mas olha-me nos olhos e diz-me o que quer e o que sente. Quando ela faz asneiras, eu não a deixo entrar no meu quarto. Para nós é algo sem importância, mas para ela é das piores coisas que lhe posso fazer, porque os animais dão importância a pequeninas coisas, e é por isso que eles são especiais: eles encontram razão para viver, ou para serem felizes no simples facto se lhes passarmos a mão sobre o pêlo.
A minha gata é especial para mim. De manhã, a minha avó chama-me para me preparar para a escola, eu ouço mas, como estou com tanto sono, nem ligo nenhuma e é a minha gata que me vem acordar. Ela, nesse momento, sabe que me está a magoar, porque me morde na cara e, quando eu me mexo, desata a correr, porque sabe que fica sujeita a uma palmada. Mas, mesmo assim, ela repete a “brincadeira” todos os dias e, para ela, isso torna-a importante, fica feliz assim.
Apesar de a minha gata, às vezes, ser insuportável de aturar, eu estimo-a e ela estima-me. Por exemplo, quando chega a hora de ir dormir, ela deita-se em cima de mim e olha-me com aqueles olhos doces e parece que me pede desculpa pelas patifarias que está sempre a fazer. Eu faço-lhe uma festa e ela, quase com os olhos fechados, volta a olhar para mim e aqueles olhos ensonados parecem querer dizer-me: “Obrigada por teres consideração por mim”, e finalmente adormece tranquilamente.
E para finalizar este meu texto, quero deixar aqui um pequeno apelo: “Não abandonem os animais. Eles não merecem!”

Diana, 9ºC

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