Há algum tempo, sonhei que estava a ver televisão e
estava a dar uma reportagem sobre a vida animal. Momentos depois, cansei-me e
fui ter com a minha cadela.
Nesse dia, eu estava um pouco aborrecida, porque não
tinha com quem falar. Então, comecei a
falar com a minha cadela, a Jeny. Mas, como é óbvio, ela não me respondia.
Sendo assim, comecei a imaginar como seria o mundo se os animais falassem e, de
repente, ouvi uma voz. Primeiro, pensei que era a minha vizinha, mas não estava
ninguém na rua. Depois, pensei que, como eu estava tão aborrecida, a minha
mente tinha inventado uma voz para não me sentir tão sozinha. De seguida, olhei
para a minha cadela e perguntei, até em voz alta:
-Será que eu
estou a ficar maluca?!
Mas eu já sabia que não ia ter resposta. Contudo, não
foi bem assim, pois ela respondeu-me. Num primeiro momento, assustei-me, mas
depois lá relaxei e decidi conversar com ela.
Falámos a tarde
toda. Comecei assim a perceber o que ela sentia e o que não gostava.
Finalmente, tinha uma amiga que eu sabia que era de confiança, a quem realmente
podia contar os meus segredos. Tinha, pois, a certeza que ela não os iria
contar a ninguém!
De repente,
quando dei por mim, já era noite e a minha mãe estava a chamar-me para ir
comer. Quando acabei, voltei para ao pé da minha querida cadela, mas ela já
nada me dizia. Não percebi bem o que tinha acontecido, só sei que tinha sido um
momento muito agradável que eu tinha vivido com ela.
Só espero assim
que, um dia, a ciência evolua e que os animais falem.
Ah! Como eu
gostaria muito que isso acontecesse de verdade!
Joana
Alfaiate, n.º 13, 7.º F
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