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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Uma viagem atribulada


Num dia de primavera, cheio de luz e as flores já a espreitarem, andava Márcia, uma jovem adolescente com a sua cadela lavradora Lila a brincar no jardim, numa grande animação. No entanto, nesse dia, Márcia tinha de ir para o aeroporto, pois iria visitar a sua avó.
- Márcia, estás pronta?- questionou a sua mãe
- Sim, eu vou já para o carro com a Lila.
Como a viagem ainda demorava, pois ficava a duas horas e meia do aeroporto, a Lila estava muito inquieta, e de facto a pobre cadela não gostava de carros. Finalmente, Márcia chegou ao aeroporto com a sua mãe e o seu pai, prontos para irem para o avião. A Lila por, sua vez, tinha de ir para um parte própria, onde os animais costumam ir, quando viajam de avião, mas Márcia não queria afastar-se da sua cadela lavradora, pois tinha um mau pressentimento. Na verdade, quando a Lila se afastou, viu um gato branco com a cauda preta, que ali se encontrava, e foi atrás dele durante algum tempo, mas uma funcionária acabou por os apanhar e pediu informações para onde iam os dois animais, e depois das informações dadas, encaminhou-se para o respetivo avião, onde estava a família de cada um dos animais.
No momento em que estava a levar os animais, reparou numa pessoa necessitando de ajuda. Então, pousou os animais no chão, enquanto ajudava o senhor. Porém, nesse preciso momento, uma rapariga pegou nos animais e levou-os para o avião errado. Quando a jovem chegou a Nova Iorque, foi buscar as suas bagagens e não viu a Lila, começando logo a chorar.
- Márcia, eu vou perguntar a uma funcionária se viu a Lila e, não te preocupes, porque vamos encontrá-la - disse a mãe.
A mãe foi assim procurar a Lila, mas infelizmente não a encontrou, e foi dar a conhecer a situação a um dos balcões do aeroporto. A dona da lavradora estava realmente muito triste. Entretanto, a jovem ouviu um menino a chorar e perguntou:
- O que tens?
- Perdi o meu gato.
- E eu perdi a minha cadela. Vim de avião para visitar a minha avó e desde a hora do embarque que nunca mais vi a minha querida Lila.
- Com certeza, os nossos animais perderam-se e devem ter ir para outro avião!
- Talvez! Devíamos investigar.
De repente, a mãe de Márcia interrompeu a conversa, e lamentou que de momento não podiam fazer nada. A jovem foi a chorar todo o caminho até à casa da avó e assim que lá chegou, fechou-se logo no sótão. A sua avó, quando soube do sucedido, ficou muito desiludida pelo facto da cadela se ter perdido e foi falar com a sua neta, e conseguiu com que ela saísse daquele local. Momentos depois, quando Márcia estava já no jardim, viu o menino com quem tinha estado a falar no aeroporto e começou a falar novamente com ele.
- Mas que coincidência!- exclamou ela.
- Sim! Vim visitar a minha mãe.
- És meu vizinho?
- Parece que sim!
E os dois estiveram a conversar durante muito tempo até ao momento que Márcia teve a ideia de fugir de casa para ir à procura dos animais. Ambos concordaram em fazê-lo e deixaram um bilhete.
 Os pais de ambos, quando se aperceberam do sucedido, ficaram muito preocupados com a ausência dos dois jovens. Enquanto isso, no outro avião, estavam os dois animais a sobrevoar, com destino a Londres. Porém, de repente, houve uma avaria no avião, que fez com que ele começasse a andar aos ziguezagues, vendo-se assim obrigado a aterrar em Nova Iorque, perto de casa da avó de Márcia, onde havia um grande terreno. Entretanto, os pais já tinham feito queixa às autoridades, e de volta a casa sem notícias dos dois jovens, depararam-se com o avião perto de casa e ficaram sem palavras, quando viram as pessoas e os animais a saírem do avião em pânico. A mãe de Márcia reparou que naquela confusão estava a Lila e foi a correr para a apanhar.
 Os dois jovens, sentindo já saudades de casa, acabaram por desistir da ideia de procurar os seus animais e sem saberem como voltar para casa, foram ter com a polícia. De seguida, as autoridades avisaram as famílias dos jovens desaparecidos. A Márcia e o amigo ficaram muito felizes ao verem a família, sem saberem que os animais tinham aparecido. Então, quando chegaram a casa, tiveram a melhor surpresa do mundo, e para festejar fizeram uma festa que se ouviu por Nova Iorque inteira! 


Sandra Duarte, nº 22, 8º F

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