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domingo, 14 de abril de 2013

Um sorriso nem sempre é sinónimo de felicidade


Era uma vez uma rapariga que vivia no campo de uma pequena aldeia, na qual as pessoas eram humildes, simpáticas e bem-dispostas. Portanto, essa menina, de nome Carolina, não escapava a essa maneira de ser. De facto, era uma rapariga saudável, alegre, meiga e também sensível e, naquela bela e pequena aldeia, ela era bastante feliz. Esta jovem vivia com os seus pais numa casa amarela, com um belo jardim cheio de flores e árvores, tinha também uma cadela, por sinal a sua melhor amiga, Lucky. Ia para escola todos os dias de bicicleta e tinha infinitos amigos.
Certo dia, quando o seu pai regressava do trabalho, sofreu um terrível acidente de carro. Foi diretamente para o hospital, mas infelizmente não sobreviveu aos ferimentos. A dolorosa e marcante morte do seu pai fez com que Carolina se enchesse num mar de lágrimas. A sua mãe ficou completamente devastada, ficando assim sozinha com duas filhas para sustentar, uma delas ainda de cinco meses de idade. Nesse dia, o amor da sua vida desaparecera sem antes poder dizer adeus.
Passaram-se algumas semanas até que Ana, mãe de Carolina, decidisse mudar-se para a cidade. Foi difícil convencer Carolina, pois ela recusava-se a ir. Porém, não havia outra forma de a mãe conseguir ter dinheiro para sustentar as suas duas filhas. Sendo assim, ela teve de aceitar a mudança.
Carolina, cheia de medo e completamente destroçada, logo no primeiro dia em que chegou à cidade, foi para a escola. A mãe levou-a. Ela, por sua vez, não gostou nada da escola, os seus colegas eram todos muito manientos, mandões e mimados.
A jovem, todos os dias, forçava um sorriso para que todos a pudessem aceitar, fingiu estar bem, embora fosse posta um pouco de parte nos intervalos, e era muito doloroso para ela ter sofrido a morte do pai em silêncio sem ter tido alguém com quem pudesse desabafar. Sendo assim, quando chegava a casa ao fim do dia, chorava sempre, e chorava muito, pois sentia-se muito mal no novo ambiente em que vivia sem o seu herói, o seu falecido pai.
No dia em que fez um ano após a morte do seu pai, Carolina não aguentou e desatou a chorar perante todos os seus “colegas”. Porém, a situação permanecia igual, continuava pois a não ser bem aceite naquele meio. Entretanto, houve uma rapariga, a Raquel, que teve pena dela e foi ter com ela. Perguntou-lhe o que se passava e finalmente Carolina pôde dizer tudo aquilo que sentia e carregava no peito há já um ano. Raquel ficou boquiaberta, pois a história daquela pobre rapariga parecia uma novela. Então, abraçou-a e disse-lhe que podia contar com ela para tudo o que precisasse e que a ia apresentar a todos os seus amigos.
Raquel nunca pensou que a história de vida de Carolina fosse tão terrível, pois com aquele sorriso enganador seria impossível descobrir. Atualmente, ambas são muito unidas e Raquel admira muito a sua amiga pela sua força e coragem.


Maiara Simões, nº 17, 9º C

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