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quarta-feira, 3 de março de 2010

A NOSSA VISITA DE ESTUDO

No dia 2 de Fevereiro nós, os alunos do 9ºano da nossa escola, juntamente com as Professoras de Língua Portuguesa Licínia Vieira e Sara Castela e a Professora de Ciências Físico – Químicas Fernanda Domingues, realizámos uma visita de estudo ao Visionarium de Santa Maria da Feira e a Matosinhos, com o objectivo de assistirmos à representação da peça de teatro “Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente.
Saímos da nossa escola num autocarro por volta das 8h45 minutos. Durante a viagem conversámos muito, cantámos e jogámos jogos para passar o tempo. Quando chegámos ao Visionarium, pudemos ver um pequeno filme como introdução do que iríamos ver a seguir. Mal acabámos de ver o filme, a guia deu algumas instruções quanto ao comportamento que deveríamos ter e levou-nos a visitar cinco salas distintas: a Odisseia da Terra, da Matéria, do Universo, da Vida e da Informação, onde pudemos fazer experiências incríveis com a electricidade, a gravidade e até mesmo com os nossos cinco sentidos.
Na sala da Odisseia da Terra, descobrimos uma pessoa que foi muito importante e que continua a ser lembrada: Fernão de Magalhães. Na sala da Odisseia da Matéria, encontrámos em destaque a figura de um químico russo de nome Mendeleiev. Neste espaço fomos levados a observar, reflectir, compreender e experimentar várias situações, tal como ele. Na Odisseia do Universo, também chamada “Sala de Hubble”, deixámos a escada rolante e deparámo-nos com a imagem do famoso astrónomo que fala da imensidão do Universo. Na Odisseia da Vida, destaca-se Mendel, um monge. Nesta sala pudemos conhecer melhor e fazer experiências com quatro dos cinco sentidos: o tacto, a visão, a audição e o olfacto. E, por último, visitámos a Odisseia da Informação. Como o mundo da informática está ainda em pleno desenvolvimento, não foi escolhido um explorador científico como anfitrião desta sala.
Depois desta aventura, fomos almoçar ao parque situado mesmo ao lado do Visionarium. Um local magnífico, com vista para um lago.
Após o almoço fomos em direcção a Matosinhos, a fim de assistirmos à representação do “Auto da Barca do Inferno”. Quando chegámos, deparámo-nos com muitos alunos de outras escolas. Esperámos pela nossa vez para entrar e, estando já dentro da sala, ouvimos um conjunto de regras que deveríamos cumprir. De repente fez-se silêncio e eis que surge, então, uma personagem calma, vestida de branco, entrando pelo palco. Não foi de imediato reconhecida por causa do fumo que a envolvia e que imitava o nevoeiro do cais do Além. Afinal era o Anjo, na sua barca, sossegado, olhando fixamente para o seu livro até que … uma música alta e animada mudou completamente o ambiente. Entrou o Diabo com o seu companheiro a dançar e a cantar, muito felizes, pois o Diabo pressentia que iria ter um belo dia, isto é, a barca cheia!
Entretanto, fica o Diabo na barca ardente e o Anjo na Barca do Paraíso até que… começam a entrar outras personagens, as chamadas personagens-tipo. Mas não entram de qualquer forma. Entram pela plateia de uma maneira muito cómica que nos faz rir a todos nós. Algumas das personagens falaram com alguns dos alunos e outros até subiram ao palco e colaboraram com os actores, o que causou um maior entusiasmo por parte do público. Alguns muito envergonhados nem sabiam o que fazer. Enfim, uma forma muito original de interagirem com o público e de fazerem com que a peça tenha mais vivacidade e animação. Por outro lado, o que admirámos muito na representação da peça foi a forma como cada actor estava caracterizado com um guarda-roupa fabuloso, bem como a maquilhagem, para além de representarem com corpo e alma. E, de facto, o texto escrito por Gil Vicente em 1517 estava todo ali presente na memória dos actores que de forma muito competente e divertida nos proporcionaram uma tarde magnífica. Houve contudo algo que nos causou estranheza: a entrada das personagens – tipo foi alterada pelo número reduzido de actores mas, mesmo assim, a Companhia de Teatro “O Sonho” revela uma grande capacidade de dramatização, estando de parabéns não só pelo seu esforço como também pela alegria que conseguem transmitir aos espectadores, fazendo-lhes crescer o gosto pelo teatro. Pois mal acabou a representação, ficámos logo com vontade de voltar a ir ao teatro.
Depois desta tarde divertidíssima e enriquecedora, dirigimo-nos ao autocarro com destino à nossa escola. Foi assim um dia muito bem passado e muito produtivo para a nossa formação pessoal.

Rebecca Buccher, 9ºB e Sara Sequeira 9ºC

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