Passaram cem anos desde que a alemã Clara Zetkin propôs o dia 8 de Março como Dia Internacional da Mulher, aquando da II Conferência Internacional de Mulheres Socialistas, em 1910. A ideia da existência de um dia internacional da mulher deveu-se a factores vários, como sejam a entrada em massa das mulheres na indústria e as péssimas e perigosas condições de trabalho a que eram sujeitas. Essas condições eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. As operárias de fábricas de vestuário e indústria têxtil protagonizaram um desses protestos contra as más condições de trabalho e os baixos salários, em 8 de Março de 1857, em Nova Iorque.
Sobre o tema escreveu a nossa colaboradora Henriqueta Machado:
Esta efeméride celebra-se a 8 de Março de cada ano em todo o mundo ocidental. Com ela pretende-se chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher, recordar a igualdade dos seus direitos em relação ao homem, bem como a longa e difícil caminhada que as mulheres tiveram de percorrer para atingirem esse estatuto. Felizmente, hoje a mulher tem oportunidades de desenvolvimento e realização pessoais idênticas às do sexo oposto. Contudo, ainda são muitas as mulheres que fazem algumas confusões e pensam que a igualdade implica fazerem exactamente as mesmas coisas que os homens, sobretudo em casa! Por exemplo, dividirem rigidamente ao meio as tarefas caseiras, sem terem em conta os gostos de cada um e, sobretudo, do maior ou menor jeito que têm para as executar ou até do tempo de que dispõem para isso. Ainda pior, são as que pensam que pequenos gestos de ternura e atenção para com o marido, como arranjar-lhe uma bebida que ele aprecia ou preparar-lhe um bom jantar, são coisas fora de moda e que já não se usam. É certo que a mulher também trabalha, chega cansada e não lhe apetece fazer mais nada. Mas é normalmente o preconceito, em nome da tal igualdade, que a leva muitas vezes a não agir como na realidade desejaria…
Que tal começar a perceber que igualdade e liberdade são situações que nada têm a ver com esses e outros pequenos gestos de carinho que, afinal, até lhe dão prazer…
Henriqueta Machado, Serviços Administrativos
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