Endereço de correio eletrónico

ociclista@aeanadia.pt

terça-feira, 9 de março de 2010

Tem mesmo que ser assim?

A tragédia do jovem Leandro de Mirandela é um aperto no coração de todos aqueles que se preocupam com as crianças e os jovens (trabalhadores das escolas, famílias, autoridades e sociedade em geral). Presumivelmente vítima de bullying (agressão física e/ou psicológica com a intenção de causar danos e dominar a vítima), o Leandro não aguentou e, tudo indica, suicidou-se. Não foi o primeiro, possivelmente não será o último.
A procura de culpado(s) não deve ser a prioridade, embora seja importante (penso que quem pratica bullying ou qualquer outro tipo de crime ─ classifico assim essa prática sem hesitação ─ deve ser castigado na proporção da sua culpabilidade e grau dos danos causados). Mas a prioridade para todos nós, que não vivemos o drama pessoal do desaparecimento daquele jovem, deve ser a reflexão sobre o papel da família e da escola na educação das crianças e jovens. A educação a que me refiro tem a ver, sobretudo, com a transmissão de valores de que destaco o respeito pelo outro, o sentido de responsabilidade e a valorização do trabalho.
As funções da escola e da família são diferentes, mas necessariamente complementares. Assim como a primeira não pede à 2ª que ensine Inglês, Matemática ou Geografia, também a família não pode pedir à escola que seja a única a preocupar-se com a educação das crianças e jovens. Todos sabemos da vida agitada e "stressada" que a generalidade das pessoas que trabalham têm de enfrentar. Mas ninguém pode substituir uns pais atentos, preocupados, actuantes e transmissores de valores. Cada um de nós tem de reflectir sobre o papel que nos cabe na construção de uma sociedade melhor e começar a actuar. Não há vitórias na Maratona sem o 1º passo seguido de muitos outros passos dados com empenho e determinação...

Miquelina Melo, professora

Sem comentários:

Enviar um comentário