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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Aulas - Ensino Não Presencial

Vivemos momentos nunca imaginados. Fruto da intensificação do contágio pelo vírus Sars-Cov2, responsável pela doença Covid-2019, as aulas pararam a 22 de janeiro. Hoje regressamos à atividade, mas não ao normal. Embora já conhecedores deste novo normal, o ensino não presencial, continua a ser gerador de desigualdades.

Os agrupamentos e as escolas não agrupadas, as câmaras municipais e a sociedade civil em geral, estão a envidar todos os esforços no sentido de minimizarem essas desigualdades, emprestando computadores e outros equipamentos tecnológicos possibilitadores da participação dos alunos no ensino a distância.

Todos os intervenientes no processo de ensino não presencial estão cientes da necessidade de, apesar de não estarem presencialmente numa sala de aula, devem adotar comportamentos que se coadunem com o ambiente de aula, particularmente no que aos alunos diz respeito. Neste âmbito, deixamos algumas normas que não podem ser esquecidas durante a permanência nas “salas de aula” em regime não presencial:

Ø  ter uma atitude correta, no respeito pelo(a) docente e pelos teus colegas;

Ø  apresentar-se adequadamente vestido(a);

Ø  não ingerir alimentos durante as aulas     

Ø  Não sair da aula. Usar os tempos de intervalos para satisfazer as necessidades fisiológicas ou alimentares; 

Ø  apresentar o material necessário: manual, caderno diário, material de escrita e outro definido previamente pelo docente de cada disciplina;  

Ø  manter o telemóvel desligado (caso utilize o PC); 

Ø  não aceder a redes sociais, plataformas, sem a autorização do docente;   

Ø  manter a câmara ligada durante as aulas;

Ø  manter o microfone desligado (ativar quando o docente o solicitar, ou para tirar dúvidas);

Ø  proibição de gravação das aulas e de captação de imagens;

Ø  expor de forma oportuna as suas dúvidas;           

Ø  cumprir as atividades propostas e respeitar o prazo de entrega, nos termos acordados pelo docente;

Ø  Estar atento;

Ø  apoiar os colegas - trabalho colaborativo interpares.         

 

Finalmente, gostaríamos de deixar umas palavras de esperança a todos os nossos leitores, através do poema de José Jorge Letria (20 de março de 2020):

Esta ausência não foi por nós pedida,

este silêncio não é da nossa lavra,

já nem Pessoa conversa com Pessoa,

com o feitiço sempre imenso da palavra

Este tempo só é o nosso tempo

porque é nossa a dor que nos sufoca

e faz de cada dia a ferida entreaberta

do assombro que esquivando-se nos toca

Esta ausência é dos netos, dos filhos, dos avós,

é a casa alquebrada pelo medo,

é a febre a arder na nossa voz

por saber que o mal a magoa em segredo

Este silêncio é um sussurro tão antigo

que mata como a peste já matava;

vem de longe sem nada ter de amigo

com a mesma angústia que nos castigava                 

Esta ausência é uma pátria revoltada

que se fecha em casa sempre à espera

que a febre não a vença nem lhe roube

a luz mansa que lhe traz a Primavera

Esta casa somos nós de sentinela,

à espera que a rua de novo nos console

e que festeje debruçada à janela

a alegria que só nasce com o sol

Esta ausência mais tarde há-de ter fim,

por nada lhe faltar nem inocência;

que se escute o desejo de saúde

anunciando que vai pôr fim à inclemência

Que se abram as portas e as janelas,

que o medo, derrotado, parta sem destino

por ser esse o sonho colorido

que ilumina o riso de um menino.

Graça Matos, O Ciclista

 

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