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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

O sonho - Concurso literário “Ler & Aprender”


O SONHO


N.º 5, Dinis Flor Rodrigues do 4.º Ano D
Escola Básica 1.º CEB de Aguim



O Sonho
Todas as noites, deitava-me ansioso, à espera que os dias e as noites passassem a correr para, assim, chegar o Dia de Natal…
Cá em casa, ano após ano, todos nós vivemos o Natal com alegria, amor e tolerância.
Ora, certa noite, fui para a cama mais cedo e não sei por que motivo estava mais agitado do que o normal…. Demorei a adormecer, mas assim que o fiz, comecei a sonhar…
Um sonho que parecia mesmo real!
Nesse sonho, finalmente, era Dia de Natal…
Levantei-me à pressa e corri escadas abaixo em direção à Árvore de Natal. Assim que olhei para debaixo do nosso lindo pinheirinho, cuidadosamente decorado em família, não vi lá nada, ou seja, nada de presentes!
Fiquei sem perceber o que se estava a passar! Tanta ansiedade, tanta alegria e tanta agitação deram em nada…
Olhei em meu redor e, para grande tristeza minha, a única coisa que os meus olhos viram foram as meias que todos nós tínhamos pendurado na lareira! Lá estavam elas muito coloridas, muito natalícias e muito bem alinhadas…
Fiquei deveras admirado com o que via!
Corri para elas, as nossas lindas meias, para ver se encontrava algo em cada uma delas. Qual não foi o meu espanto quando descobri dentro delas pequenos bilhetinhos com uma pequena mensagem escrita a computador...
Gritei, num ato de algum desespero, de alegria e de curiosidade:     
 - Mãe! Pai! Mano! - gritava a plenos pulmões.
Assim que me ouviram, correram preocupados até mim. O que se estaria a passar?!
Expliquei o que estava a acontecer. Todos ficaram muito admirados e curiosos. Então, cada um deles retirou da sua meia o bilhete que lhe estava destinado, incluindo eu próprio.
Um após outro, lemos o que estava escrito nos papelinhos. Todos eles sugeriam tarefas de Natal, ou seja, para enorme espanto de todos, nesse ano, nessa quadra natalícia, em vez de presentes, o Pai Natal deixava apenas tarefas!
Tal era a surpresa que mal queriam acreditar… E vindas de um Pai Natal com competências digitais…
O que deveríamos, então, fazer? Que tarefas havia para cumprir? Nem cabíamos em nós de tanta curiosidade…
Vejamos…
A minha mãe teria que plantar mais plantas e árvores para, assim, criar mais oxigénio!
O meu pai teria que utilizar menos o automóvel e usar mais os transportes públicos para, assim, criar menos poluição!
O meu mano teria que doar alguns dos seus queridos livros e jogos para, assim, viver mais intensamente o verdadeiro significado do Natal, isto é, a importância de saber partilhar com amor e carinho, dentro e fora da família!
E eu? O que teria eu de fazer?
Eu teria de cumprir uma única tarefa, igualmente importante… Teria de verificar se as restantes tarefas eram, de facto, cumpridas. Cumpridas com coração e como exemplo para os outros…
Para falar verdade, achei que todas essas tarefas sugeridas pelo Pai Natal eram muito importantes, mas, por outro lado, o meu coração estava deveras triste, porque para mim Natal ainda são presentes…. Estava algo triste, já que, por ter tido boas notas no final do 1º Período, os meus pais tinham-me prometido um carrinho telecomandado, azul como o mar...
De repente, ouço a doce voz da minha mãe e sinto a sua mão a abanar-me com ternura como é seu costume… A minha mãe tem sempre um jeito muito carinhoso de me acordar…
Acordei. Abri os olhos e olhei à minha volta…
Tudo não tinha passado de um sonho.
Um sonho fantástico e original com a participação de toda a minha família, mas também um pesadelo, pois não via a hora de “conduzir” o meu automóvel e de “fazer belas corridas” com o meu nano…
A leste deste sonho/história, o meu irmão continuava a dormir de boca aberta, na cama ao lado…. Era 5ª-feira, as aulas para ele começavam às 10h15…
Dinis Flor Rodrigues, n.º 5, 4.º D, Escola Básica 1.º CEB de Aguim

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