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domingo, 8 de novembro de 2015

Dia Mundial da Alimentação / IX Mostra de Sopas



16 de Outubro
Verdade seja dita, mas sopas variadas, deliciosas, completas, ricas, portuguesas, exóticas são as apresentadas nas “mostras de sopas” da Escola Básica nº 2  de Vilarinho  do Bairro. Este ano completou-se a nona edição que contou, como é habitual,  com a colaboração sempre prestável dos encarregados de educação, dos alunos do Ensino Especial, do Professor João Joaquim, do Rancho Folclórico da Casa do Povo e claro, da nossa Biblioteca!
Integrado no Projeto Educação para a Saúde e no Projeto Sopa.come esta atividade procura incutir nos jovens o hábito saudável de comer sopa diariamente, assim como a redução de sal na mesma visando a prevenção de doenças cardiovasculares.
“Sabores da História – cozinha muçulmana” foi a temática da Biblioteca, tendo sido confecionado uma sopa muito comum na Jordânia Scorba hummus wa ful /sopa de grão e favas. Apreciada pela sua textura e sabor, a prova foi a panela ter ficado vazia em pouco tempo!
Na mesa expositiva, a Professora Bibliotecária apresentou alguns objetos ligados à cozinha árabe devidamente identificados: almofariz, alguidar, almotolia, tajine, tabuleiro, bule, cantil em cobre e latão, copo com chá de menta... e uma listagem com palavras árabes que entraram no vocabulário gastronómico português. Os livros do receituário  tradicional foram gentilmente emprestados por várias Colegas da escola.
Produziu-se mais um folheto com alguma informação pertinente, para além da receita da “bibliosopa” e hamud (sopa de galinha com limão).
Para rematar a refeição, na Biblioteca, um cesto com fruta com o lema: “Requisita um livro e come uma peça de fruta!”
 Assim se assinalou o “Dia Mundial da Alimentação”!


Os Árabes na Península Ibérica
A influência árabe na gastronomia portuguesa está patente com particular incidência no Alentejo e no Algarve, regiões que integravam Al-Andaluz. São muitos os termos de origem árabe para designar alimentos, utensílios de cozinha e pratos cozinhados. A nossa doçaria popular e conventual tem matriz muçulmana.
A cozinha do Al-Andaluz influenciou a cozinha portuguesa, chegando aos nossos dias com traços e sabores bem caraterísticos da permanência dos muçulmanos em território peninsular, cerca de 800 anos: escabeche, ensopados, almôndegas, açordas (migas), arroz doce, aletria, frutos secos, mel, queijadas, maçapão (pasta de amêndoa), ervas de cheiro e especiarias (coentros, hortelã, orégãos, canela, pimenta, cominhos, açafrão...).
Novas culturas foram introduzidas: alface, alfarroba, abóbora, alcachofra, azeite, laranja, tremoço, limão, tendo-se desenvolvido graças à introdução de novas técnicas agrícolas, como a azenha, a nora e o açude.       
Noémia M. Lopes (Professora Bibliotecária)

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