No dia 14 de Junho o Agrupamento de Escolas de Anadia recebeu, a convite do pessoal não docente, dois Animadores Socioeducativos da Instituição A.J.PAZ (Acção para a Justiça e Paz), Amílcar Costa e Joana Pombo, cujo propósito se deveu à apresentação de um plano de sensibilização com o objectivo de dar a conhecer e compreender as expressões de violência e as suas causas, bem como encontrar soluções criativas para enfrentar a violência e ainda promover a cooperação e o trabalho de equipa.
Este plano, foi dirigido à Comunidade escolar em geral, Delegados e Subdelegados de Turma, Docentes e não Docentes.
Numa primeira fase, e após os Animadores darem as boas vindas e fazerem uma breve apresentação da Instituição AJPAZ (Acção para a Justiça e Paz), os seus projectos e âmbitos de trabalho, foi solicitado aos participantes que se colocassem em círculo.
Como forma de quebra-gelo, utilizou-se uma “vitamina” que consistiu na apresentação de cada participante levando-os a pensar numa característica sua, (virtude ou defeito), para posteriormente e após terem definido, sequencialmente teriam que dizer o nome e a sua característica.
Seguiu-se um exercício intitulado “Central de Energia”
Descrição passo-a-passo
Começou-se por uma tempestade de ideias acerca das expressões de violência que as/os participantes conhecem e que são utilizadas no quotidiano (na sua comunidade, na escola, no ginásio, entre outros locais).
Cada expressão deveria tomar a forma de uma palavra ou de uma frase curta inscrita numa folha de papel A4, de forma visível; (expressões repetidas não devem dar origem a novas folhas).
De seguida, amarrou-se a corda a dois pontos opostos da sala e prenderam-se as folhas com as expressões de violência, ao longo da mesma.
Explicou-se às/aos participantes que aquele espaço representava uma Central de Energia e que elas/eles teriam que trabalhar como técnicas/os reparadoras/es.
Dividiram-se as/os participantes em 2 grupos.
Complementou-se a informação, dizendo que aquela Central de Energia gerava “energia negativa” e, sendo a “energia negativa” muito pesada, ela estaria sempre a provocar falhas energéticas. Assim, o seu trabalho seria reverter a situação e colocar “energia positiva” na corda, cada vez que houvesse uma falha de energia ou um curto-circuito.
(Será à/ao animadora/or que caberá provocar / simular as falhas de energia, cortando a corda entre dois papéis que contenham expressões de violência).
Sempre que ocorrer uma falha energética e a corda estiver cortada, uma/um participante de cada grupo terá que correr para:
Apanhar uma ponta solta com uma mão, a fim de reparar temporariamente a Central, substituindo a corda, permitindo que a energia continue a passar.
Com a outra mão, deverão pegar cada uma/um no papel com a expressão de violência mais próxima e ler o que esta contém.
Os dois grupos têm a responsabilidade de reparar a falha de energia. Assim, terão 5 minutos para pensar numa solução para os dois problemas / expressões de violência apresentados.
Em seguida, cada grupo terá que ler as suas soluções em voz alta e tentar chegar a um acordo acerca das mesmas. Assim, quando o acordo estiver estabelecido, serão escritas as soluções em folhas de papel A4 e estas irão substituir permanentemente as/os técnicas/os, unindo-se novamente a corda da Central de Energia com um nó.
À medida que são encontradas soluções para as diversas expressões de violência, as folhas que contêm as expressões de violência deverão ser afixadas na “parede”.
Repetir os procedimentos anteriores até que todas as expressões de violência sejam substituídas por soluções.
Faz-se uma pausa com o objectivo de proceder ao debate/reflexão
Neste momento, vai-se aprofundar o que as/os participantes acabaram de experiênciar. Poder-se-á perguntar:
Como é que se sentiram durante o exercício? Gostaram? Porquê ou porque não?
Quais são as principais causas das expressões de violência identificadas?
As soluções encontradas para cada tipo de problema são realistas? A curto-prazo ou a longo-prazo?
Que barreiras ou desafios poderão as pessoas encontrar enquanto estão a tentar implementar estas soluções?
Como é que as/os jovens, como elas/eles, poderão prevenir ou lutar contra a violência?
Quais os Direitos Humanos que estão a ser violados aquando uma situação de violência?
No final procedeu-se a uma Avaliação:
Utilizou-se como instrumento de avaliação o “semáforo”, que poderá funcionar simultaneamente como compromisso de tarefas e acções a desempenhar.
Elaborado por: Amílcar Costa, Joana Pombo
Henriqueta Machado, Serv. Adm.
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