Certo
dia, uma rapariga estava sentada num banco de um bonito jardim e, de repente,
viu uma mendiga, sendo uma senhora já de idade, sem dinheiro, sem calçado, sem
comida. A senhora, por sua vez, estava a dar comida que apanhava do chão aos
pássaros. Na verdade, estes eram a sua companhia, o seu bem-estar.
A rapariga olhava para a senhora fixamente,
pois tinha um ar que nunca tinha visto numa mendiga, uma vez que tinha um ar
feliz.
De seguida, a jovem voltou para casa e
pensou durante horas:
-
Por que razão será que aquela figura se sentia tão feliz?
No dia seguinte, à mesma hora, sentou-se no
mesmo banco, à espera que a mendiga aparecesse. Eis, então, que ela apareceu e
se sentou precisamente no banco da frente a dar comida aos pássaros.
Entretanto, a rapariga ganhou coragem, aproximou-se dela e perguntou-lhe:
-
Desculpe-me, minha senhora, mas gostaria de saber porque é que se sente tão
feliz, se é mendiga, e não tem nada na vida?
-
Claro que tenho! Tenho tudo o que preciso, a melhor companhia. – respondeu ela,
olhando à sua volta.
A
partir desse dia, a rapariga criou um livro sobre a necessidade de as pessoas
darem valor às pequenas coisas da vida que, muitas das vezes, acabam por ser
uma verdadeira companhia do ser humano.
Ana Hernandez, 7.º F
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