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domingo, 6 de agosto de 2017

A rota e a salvação



Em tempos que já lá vão, numa terra não muito longínqua mas pobre, todos os anos saiam frotas para pescar. Contudo, eram sempre saqueadas, até que certo dia formou-se uma nova frota. Estávamos em 1646. Ela era constituída por vinte marinheiros, um deles era o capitão.
O barco era uma chalupa, mas modificada, pois tinha canhões e mais proteção. Os homens eram fortes e todos estavam bem equipados com armas. O objetivo dessa frota era encontrar os piratas e expulsá-los para que nunca mais voltassem a saquear. Eu era um dos tripulantes.
         Certo dia, fomos então à procura dos saqueadores. Passaram assim meses até que os encontrámos. Eles acabaram por não nos surpreender, uma vez que já estávamos prontos para a batalha. Na verdade, o barco deles não era muito grande comparado com o nosso e a tripulação estava constituída por dezoito marinheiros. O nosso capitão, por sua vez, decidiu disparar contra o navio sem que eles nos vissem. Por outro lado, prendemos o barco com uma espécie de lençol. Constatámos que três dos indivíduos que estavam mais à frente eram fracos, chamando a nossa atenção, razão pela qual os atacámos em primeiro lugar. Momentos depois, morreram os três. Entretanto um deles tinha um mosquete, estava escondido na torre de vigia, o que chamou a minha atenção. Como tal, subi rapidamente pela escada de corda e empurrei-o borda fora.
Momentos depois, a batalha acabou e saqueámos os seus bens. Depois, voltámos para a nossa terra e dividimos o que tínhamos trazido por toda a gente da aldeia. Ficámos assim ricos e a nossa frota foi enobrecida por praticar o bem.
Simão Nuno Teigas Cruz, n.º 21, 7.º F

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