Em
tempos que já lá vão, numa terra não muito longínqua mas pobre, todos os anos
saiam frotas para pescar. Contudo, eram sempre saqueadas, até que certo dia
formou-se uma nova frota. Estávamos em 1646. Ela era constituída por vinte
marinheiros, um deles era o capitão.
O
barco era uma chalupa, mas modificada, pois tinha canhões e mais proteção. Os
homens eram fortes e todos estavam bem equipados com armas. O objetivo dessa
frota era encontrar os piratas e expulsá-los para que nunca mais voltassem a
saquear. Eu era um dos tripulantes.
Certo dia, fomos então à procura dos
saqueadores. Passaram assim meses até que os encontrámos. Eles acabaram por não
nos surpreender, uma vez que já estávamos prontos para a batalha. Na verdade, o
barco deles não era muito grande comparado com o nosso e a tripulação estava
constituída por dezoito marinheiros. O nosso capitão, por sua vez, decidiu
disparar contra o navio sem que eles nos vissem. Por outro lado, prendemos o
barco com uma espécie de lençol. Constatámos que três dos indivíduos que
estavam mais à frente eram fracos, chamando a nossa atenção, razão pela qual os
atacámos em primeiro lugar. Momentos depois, morreram os três. Entretanto um
deles tinha um mosquete, estava escondido na torre de vigia, o que chamou a
minha atenção. Como tal, subi rapidamente pela escada de corda e empurrei-o
borda fora.
Momentos
depois, a batalha acabou e saqueámos os seus bens. Depois, voltámos para a
nossa terra e dividimos o que tínhamos trazido por toda a gente da aldeia.
Ficámos assim ricos e a nossa frota foi enobrecida por praticar o bem.
Simão Nuno Teigas Cruz, n.º 21, 7.º
F
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